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Primeira Edição: maio e junho de 1959.
Fonte: Oeuvres. Gallimard, Paris, 2006;
Tradução para o português do Brasil: Sérgio Oliveira. Outubro de 2016.
HTML: Fernando A. S. Araújo.
Direitos de Reprodução: licenciado sob uma Licença Creative Commons.
Amsterdã, 29 de maio; 02 de junho de 1959
O problema da arquitetura não é o de ser visto de fora ou o de viver dentro. Está na relação dialética interno-externo, no nível do urbanismo (casas-ruas) e no nível da casa (interno-externo).
Todas as fachadas de uma casa determinam um "espaço livre", cuja função é jogar com a contradição aberto-fechado.
Construir uma cidade inteira para lá fazer amor com uma moça por alguns dias.
A noção "aposento de rua" (H.O.)(1) inverte a falsa distinção entre ambientes abertos e fechados. O próprio ambiente fechado se abre para o ambiente aberto (o qual é demarcado pelos ambientes fechados).
Cf. Ors(2). A atitude barroca (= contradição) por excelência é querer, ao mesmo tempo, seguir a procissão e vê-la passar (estar dentro de casa e vê-la a partir de uma casa vizinha).
Notas de rodapé:
(1) Har Oudejans, um dos dois arquitetos holandeses - o outro, Anton Alberts - que havia se associado à Internacional Situacionista em março de 1959 (um ano mais tarde foram excluídos por terem aceito construir uma igreja em Volendam). (retornar ao texto)
(2) Eugenio d'Ors, autor de Du Baroque. (retornar ao texto)
Inclusão | 28/10/2016 |
Última alteração | 30/10/2016 |