(1873-1928): Filosofo, sociólogo, economista e medico. De 1904 a 1907, foi um dos líderes da ala bolchevique do Partido Operário Social-Democrata da Rússia. Em 1907-1908, afastou-se da corrente leninista do bolchevismo e constituiu, com alguns outros bolcheviques, um grupo especial, chamado dos “ultimatistas” e “otzovístas”, que preconizava a retirada da fração social-democrata da Duma do Império. Lénin dizia que os desse grupo eram “mencheviques às avessas, liquidacionistas de novo tipo. Organizou também, nessa mesma época, uma escola partidária anti-bolchevique, na ilha de Capri. Juntamente com Bazárov, Lunatcharski, Yuchkevich e Valentínov, fez uma acerba “critica” das bases teórico-filosóficas do marxismo. Bogdanov cultivava uma variedade especial da filosofia machista: o empiro-monismo. A critica das teorias filosóficas de Bogdanov foi feita por Lénin em seu livro Materialismo e empireocriticismo. Em 1909, verificou-se a ruptura oficial de Bogdanov com a corrente de Lénin. Mais tarde, a maioria dos seus adeptos voltou ao partido bolchevique, enquanto Bogdanov se distanciava pouco a pouco do movimento revolucionário proletário de massa. Durante a guerra mundial, foi medico militar. Não participou da revolução de outubro e nem da guerra civil. Até a sua morte, foi diretor do Instituto de Transfusão de Sangue de Moscou, cujos trabalhos resumiu posteriormente sob o titulo de A luta pela resistência vital, 1927. As obras principais de Bogdanov são: Empiromonismo (1904-1906), Filosofia da Experiencia Viva (1923) e Tectologia (1922). Participou na tradução russa de O Capital de K. Marx (1910).