(1915-1975): militante do Partido Comunista Brasileiro - PCB, Advogado, Jornalista. Foi eleito vereador em Belo Horizonte nas eleições de 1946, tendo sido líder do seu partido, o PCB. Foi um dos signatários do Manifesto dos Mineiros e passou a dirigir jornais partidários e a advogar gratuitamente. Em 1958 mudou-se para o Rio de Janeiro, e começou a trabalhar na "Imprensa Popular". Uma das participações mais marcantes de Orlando foi na greve dos Operários do Morro da Mina, que durou 43 dias. Orlando atuou como advogado dos operários, morou com eles e foi lá que, procurado vivo ou morto, conseguiu cobertura de casa em casa, escondendo-se da polícia. Desapareceu no dia 8 de outubro de 1975, tendo sua familia recebido um telefonema anônimo, em que alguém, dizendo-se tratar de "um amigo de seu pai", comunicava a um dos filhos a prisão de Orlando e pedia que a família contratasse um advogado e comunicasse o fato à ABI. Imediatamente, os filhos e o Comitê Central do PCB mobilizaram-se para localizá-lo. No mesmo dia, foi feito contato com uma autoridade em Brasília, que prometeu elucidar o desaparecimento de Orlando em 72 horas. Passaram-se as horas, os dias, os anos e Orlando nunca foi encontrado, apesar dos esforços de partidos políticos e entidades como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Comitê Brasileiro pela Anistia, Comissão de Justiça e Paz e OAB. Seu corpo nunca foi encontrado e de acordo com declarações do ex-sargento do DOI-CODI/SP, Marival Dias Chaves do Canto, em declarações à revista "Veja" de 18/11 /92, Orlando Bonfim Júnior, como pertencente à cúpula do PCB, foi morto com injeção para matar cavalo. Foi capturado no Rio de Janeiro pelo Destacamento de Operações e de Informações de São Paulo e levado para o cárcere Castello Branco. Foi morto e jogado no Rio Avaré, no trecho entre a cidade de Avaré/SP e a rodovia Castelo Branco.