(1898-1930): Nasceu em Rio Claro (SP), em 1898. Militar. Foi um dos líderes, em julho de 1922, da revolta do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, contra o governo federal, que deu início aos levantes tenentistas que marcaram a década de 20 no Brasil. Nessa ocasião, foi gravemente ferido. No ano seguinte, após deixar a prisão em virtude de um habeas-corpus concedido pelo Supremo Tribunal Militar (STM), exilou-se no Uruguai. Dedicou-se, então, às atividades de comerciante em Montevidéu e, posteriormente, em Buenos Aires. Em 1924, retornou clandestinamente ao Brasil e retomou as atividades revolucionárias sublevando uma guarnição do Exército em São Borja (RS). Em seguida, juntou-se ao grupo de rebeldes liderados por Luís Carlos Prestes que haviam se levantado contra o governo em outros pontos do interior gaúcho. Derrotados, seguiram para o Paraná, onde se juntaram às forças que haviam sublevado a capital paulista. Da junção desses dois agrupamentos, em abril de 1925, surgiu a Coluna Prestes, que percorreu cerca de 25 mil quilômetros pelo interior do Brasil em campanha contra o governo de Artur Bernardes. A Coluna dividia-se em quatro destacamentos, cabendo a Siqueira Campos o comando de um deles. Em fevereiro de 1927, após quase dois anos de marcha, os revolucionários resolveram interromper a luta armada e se internaram em território boliviano. Siqueira Campos, em seguida, fixou-se em Buenos Aires, dedicando-se a reagrupar os revolucionários brasileiros exilados na Argentina e no Uruguai. Morreu em maio de 1930, quando o avião em que retornava ao Brasil caiu nas águas do rio da Prata.