(1931-1971): Militante do Partido Comunista Revolucionário (PCR). Líder camponês do Sindicato Rural de Barreiros, em Pernambuco. Conhecido popularmente como Capivara, foi preso e cumpria pena na casa de detenção de Recife, quando foi morto por envenenamento. Na época era diretor da Casa de Detenção o Cel PM Olinto Ferraz. Os companheiros de prisão denunciaram fartamente o assassinato de Amaro, responsabilizando os guardas da Casa de Detenção. Amaro terminaria de cumprir sua pena no mês de outubro e a repressão não queria soltá-lo vivo. Sua morte, ocorrida no dia 22 de agosto de 1971, foi dada a conhecimento público pela Secretaria de Segurança de Pernambuco, com a versão de envenenamento causado pelos seus próprios companheiros de prisão, ocasionada por supostas divergências políticas. Tal versão é violentamente repudiada pelos companheiros de Capivara, que denunciaram mais essa farsa para encobrir o assassinato de um preso político.
A Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco sustentou que ele teria sido morto por envenenamento pela ação de seus próprios companheiros, em função de supostas divergências políticas. Na época, o diretor da Casa de Detenção era o Coronel da Polícia Militar Olinto Ferraz. Ao analisar a causa da morte, o relator do processo junto à Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos destacou a contradição existente entre a versão oficial – de envenenamento – e o resultado da necropsia, assinado pelos legistas Nivaldo José Ribeiro e Antônio Victoriano da Costa Barbosa. O exame indicava “hemorragia pulmonar, decorrente de traumatismo do tórax, por instrumento contundente, o que também consta no atestado de óbito”. Os exames toxicológicos feitos em 27/08/71 pelos médicos Oswaldo Bittencourt de Andrade e Adhemar Cavalcanti Ramos tiveram resultado negativo.