(1894-1906): Processo provocatório organizado em 1894 pelos círculos monárquicos reaccionários do militarismo francês contra um oficial do Estado-Maior General francês, o judeu Dreyfus, falsamente acusado de espionagem e de alta traição. Inspirada pela camarilha militar reaccionária, a acusação de Dreyfus, que foi condenado a prisão perpétua, foi aproveitada pela reacção francesa para atiçar o anti-semitismo e organizar uma ofensiva contra o regime republicano e contra as liberdades democráticas. Em 1898, quando os socialistas e os representantes progressistas da democracia burguesa (entre estes Emile Zola, Jean Jaurés, Anatole France e outros) lançaram uma campanha a favor da revisão do caso Dreyfus, este adquiriu um carácter político evidente e dividiu o país em dois campos: o dos republicanos e democratas, por um lado, e o bloco dos monárquicos, clericais, anti-semitas e nacionalistas, por outro lado. Sob a pressão da opinião pública, em 1899, Dreyfus foi indultado e libertado; em 1906, por sentença do supremo tribunal, foi declarado inocente e reintegrado no exército.