Grupo importante na Assembleia Legislativa e na Convenção, durante a Revolução Francesa. Assim chamados devido ao facto de vários dos seus chefes virem da região da Gironda, França. Entre eles salientam-se o sábio Condorcet.
Os girondinos eram sobretudo da burguesia desafogada, dos negócios, banqueiros e armadores dos grandes portos e eram representados por jornalistas e advogados dessa burguesia. Representavam quem mais tinha beneficiado com a Revolução de 1789 e estavam por consequência resolvidos a impedir um retorno do Antigo Regime, mas também relutantes quanto à evolução para uma democracia social.
Depois de entendimentos iniciais passaram a grandes rivais políticos dos jacobinos, com Robespierre à cabeça. Implicaram Luís XVI, quando este formou um governo girondino em 1792, lançando a França numa guerra civil de 23 anos.
Na Convenção representavam a direita da Assembleia. Lançaram violentos ataques a Marat. O processo de Luís XVI (1792-93), separa de vez a Gironda da Revolução, quando os girondinos num apelo ao povo, tentam salvar a vida do rei (sem sucesso aliás). Conseguem a condenação de Marat que é absolvido pelo tribunal revolucionário.
Com uma última manobra, consegue nomear uma comissão para vigiar a segurança da Assembleia e de investigar as exacções da Comuna parisiense. A comissão tenta a prisão de Hébert que põe os “Montanheses” (dos quais os jacobinos são uma fracção) em insurreição, que cercam a Convenção, a 2 de Junho de 1793. A maioria, aterrorizada, vota a prisão dos chefes girondinos. Uns são obrigados a suicidar-se, outros são executados a 31 de Outubro de 1793.