(1842-1910): Filosofo americano, criador do chamado pragmatismo ou pluralismo. Adversário do determinismo nas ciências naturais. Por “motivos práticos”, James “decide-se” contra o realismo metafisico e a favor da religião, sem a qual não poderia haver “nenhum interesse, nenhum atrativo e nada de nobre aconselhando a seguir o bom caminho”. Por todo o seu caráter, sua filosofia é um produto do formidável progresso econômico e social da burguesia americana após a Guerra de Secessão, isto é, a expressão da consciência da força e do espírito de empresa grandemente desenvolvidos dessa burguesia, que, sem estar, na pratica, tolhida por quaisquer vestígios feudais e estando, em teoria, desembaraçada de todos os preconceitos metafísicos, transformou, na vida, em evangelho, a palavra de ordem: “Acumulai sem escrúpulos”. De acordo com James, nossos conceitos são “hipóteses de trabalho” e sustentam-se pela crença no exito. Mas da “crença no exito” até o “exito da crença’ não há senão um passo, e, desse modo, seu pragmatismo, que se distingue, em todas as questões teóricas, por uma ausência de escrúpulos nitidamente americana, conduz a um misticismo, em que a satisfação dos sentimentos religiosos constitui parte integrante das praticas do business. Nessa filosofia existe o reflexo fiel da síntese particular do formidável desenvolvimento da técnica e da economia e do vasto charlatanismo religioso da vida americana. Obras principais: Princípios de psicologia, 1890; A vontade de crer, 1896; O pragmatismo, 1907.