(1870-1919): Teórico anarquista alemão do fim do século XIX e início do século XX. Defensor do anarquismo comunista, era também um pacifista, influenciado principalmente pelas ideias de Leon Tolstoi. Landauer também ficou conhecido pelas traduções que fez das obras de Shakespeare para o alemão.
Quando jovem, durante a década de 90 (1800), ingressou no Partido Social Democrático, tornando-se líder de um grupo rebelde que acabou sendo expulso devido a suas tendências anarquistas. Foi delegado da Juventude ao congresso de Zurique da Segunda Internacional em 1893 e participou no congresso anarquista paralelo de Londres em 1896. Durante alguns anos, como discípulo de Kropotkin, editou o Der Sozialist em Berlim. Por volta de 1900, mudou para uma posição muito próxima de Proudhon e Tolstoi, defendo a resistência em lugar da violência e vendo na disseminação das cooperativas a forma realmente construtiva de obter transformações sociais. Ele diferia da maior parte dos anarquistas ao apelar especialmente aos intelectuais, cujo papel nas transformações sociais considerava extremamente importante.
Embora não confiasse em movimentos políticos, Landauer foi envolvido pela onda de agitação revolucionária que varreu a Alemanha logo após a I Guerra Mundial e, como Muehsam e Ernst Toller, tornou-se um dos líderes do Soviete Bávaro. Na repressão que seguiu à sua queda, Landauer foi morto por soldados vindos de Berlim. Favorável ao sistema de conselhos, aprova o uso da força para defender o socialismo contra a burguesia. Foi Comissário do Povo para a Cultura e a Educação na Primeira República Conciliar da Baviera, de 7 a 13 de abril de 1919, ajudou a fundar o Conselho Universitário Revolucionário e o Teatro Revolucionário, e iniciou uma reforma da universidade baseada nos princípios da descentralização. Ofereceu os seus serviços à Segunda República dos Conselhos, mas foi recusado.