(1930-2018): Sociólogo e pensador humanista peruano, conhecido por ter desenvolvido o conceito de "colonialidade do poder". Intelectual que lutava pela renovação epistêmica, teórica e política das opções alternativas dos subalternos frente às tendências de poder mundial, Quijano vigora o conceito de colonialidade do poder como a forma latino-americana de ser subalterno, explicita, por exemplo, como a não branquitude da classe dominada no subcontinente é utilizada para reforçar a exploração de classe. Maior divulgador da obra do também peruano José Carlos Mariátegui. Quijano desenvolve a ideia que a relação capital trabalho se potencializa no sentido da exploração pela variável raça e, assim, categoriza como a ideia de raça no subcontinente – entendida como uma racionalidade específica do pensamento eurocêntrico sem descurar da análise das diferenças de classes – foi fundamental para definir nossa atual colonialidade nas esferas econômica e política, destacando que essa subordinação não se findou com o desmantelamento do colonialismo clássico. O conceito de colonialidade desenvolvido por Quijano vai além da análise do colonialismo e que se nutre de discussões anteriores, como a teoria Sistema-Mundo, desenvolvida por Imanuel Wallerstein e própria teoria marxista da dependência – desenvolvida por Ruy Mauro Marini, Vânia Bambirra e Theotônio dos Santos.