Tendência oportunista no movimento comunista que sustenta a necessidade de “revisar” os princípios e ensinamentos fundamentais do marxismo-leninismo que consideram "obsoletos", "antiquados".
O revisionismo é a continuação e uma manifestação superior da ideologia burguesa no seio do movimento comunista. As suas bases sociais são a pequena-burguesia e os setores privilegiados da classe operária, a aristocracia operária e a burocracia operária.
O Dicionário do comunismo científico diz:
Por um lado, cada novo sucesso do marxismo-leninismo força seus inimigos a adotarem a máscara de marxistas e socialistas, e, por outro lado, os participantes no movimento comunista que são vacilantes e despreparados teoricamente não são fortes o suficiente para resistir à pressão da ideologia burguesa. Eventualmente sucumbem às posições revisionistas.
Inúmeras manifestações revisionistas surgiram na história do movimento comunista. Sua primeira manifestação se deu com Eduardo Bernstein, na Alemanha, durante a passagem do século XIX ao XX, porém o fenômeno logo começou a aparecer na Bélgica, França, Rússia e etc.
Uma das primeiras ideias revisionistas sustentava que as contradições de classe haviam sido erradicadas e que a democracia burguesa e o sufrágio universal haviam eliminado a necessidade da luta de classes. Esta manifestação de oportunismo de direita levava à defesa reformista da transformação gradual do capitalismo em socialismo.
Lênin, com determinação revolucionária denunciou consistentemente as tendências revisionistas de seu tempo. Em maio de 1914, afirmou:
O revisionismo, ou a "revisão" do marxismo, é hoje uma das maiores, senão a maior, manifestações da influência burguesa no proletariado e da corrupção burguesa aos trabalhadores. É por isso que Eduardo Bernstein, o líder dos oportunistas, ganhou tamanha notoriedade no mundo.
Escrevera Lênin, alguns anos antes, em abril de 1908, o artigo Marxismo e revisionismo, onde delineou alguns aspectos deste fenômeno.