(1889-1960): Psicólogo e filósofo soviético. Nos anos 1940 recebeu o Prêmio Stalin. Tinha também, um amplo domínio sobre o marxismo, não apenas dos aspectos econômicos da obra de Marx, mas também, e principalmente dos aspectos filosóficos de sua obra. Desde muito cedo, dedicou grande parte de suas revisões teóricas aos Manuscritos econômico-filosóficos de 1844, e nele encontrou uma expressão para o desenvolvimento da psicologia soviética a partir do materialismo histórico-dialético Foi perseguido por suas posições políticas e teóricas pelos psicólogos pré-revolucionários e reacionários da Rússia. Mas, sua genialidade é redescoberta pelo psicólogo M. Ya. Basov. Em 1934, publicou um artigo dedicado a sistematização de uma psicologia baseada no marxismo, em que defendeu a compreensão da categoria de atividade como unidade que desenvolve o psiquismo e que nela se manifesta. O artigo denominado "Os problemas da psicologia nas obras de K. Marx", fora republicado novamente e com complementos no livro "O desenvolvimento da psicologia: princípios e métodos de 1959", sob o título de: "Princípios filosóficos da psicologia. Os primeiros manuscritos de K. Marx e os problemas da psicologia". A partir de então, inicia-se uma longa trajetória científica, tendo sempre como objetivo, o desenvolvimento criador de uma ciência condizente com uma sociedade socialista. Com a derrota do nazi-fascismo, Serguei Leonidovich se mudou para Moscou, assumindo o instituto de psicologia e atuando incansavelmente no reconhecimento da psicologia como ciência na União Soviética. Nesse período que trabalhou com os maiores psicólogos de seu país, a exemplo de: A. R. Luria, A. N. Leontiev e B. Zeigarnik. É importante frisar e reforçar que embora caminhassem por linhas teóricas diferentes, todas elas se encontravam em um determinado momento, pois tinham um objetivo em comum com Rubinstein: o desenvolvimento de uma psicologia marxista, e que possibilitasse o desenvolvimento do novo ser humano socialista. Nos anos de 1947 e 1948, a repressão científica atuou na censura de Serguei Leonidovich. Foi acusado de cosmopolitismo por realizar um revisão histórica da psicologia em todo o mundo, o que facilmente se tornaria - e tornou-se - um artigo também sobre a tal crise da psicologia. Em 1949, por motivo de perseguição política, abandonou suas funções no instituto de psicologia de Moscou e, em seu lugar assume A. N. Leontiev. Após abandonar o departamento de psicologia, contra sua vontade, encontra no departamento de filosofia, uma expressão da não-censura. É lá que trabalha e desenvolve suas obras mais filosóficas que buscam a relação entre psicologia, fisiologia e filosofia.