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Primeira Edição: Escrito: 1904; Primeira Edição: Die Neue Zeit, 23 Jhrg., 1904 – 1905.
Fonte: Lafargue, Paul. Souvenirs personnels sur F. Engels. L’Archive Internet des Marxistes. Disponível em: https://www.marxists.org/francais/lafargue/works/1904/00/lafargue_19040000.htm
Tradução: Cláudio Augusto Silva Gutierrez
HTML: Fernando Araújo.
Direitos de Reprodução: licenciado sob uma Licença Creative Commons.
As recordações sobre F. Engels publicadas por um dos mais próximos colaboradores de K. Marx – e seu genro. Veiculada na Die Neue Zeit, 23 Jhrg., 1904 – 1905. 29/07/1905.
Conheci Engels em 1896, ano em que apareceu a primeira parte do Capital.
— Agora que tu és noivo de minha filha, eu devo te apresentar a Engels, disse-me Marx, e partimos para Manchester. Engels morava, junto com sua companheira(1) e a sobrinha desta, que tinha então seis ou sete anos, em uma casinha bem ao fim da cidade: a zona rural começava a poucos passos dali. Ele era, naquela época, coproprietário de uma empresa fundada por seu pai.
Assim como Marx, ele havia imigrado a Londres após a derrota da revolução no continente e, como ele, queria consagrar-se a uma atividade política e aos estudos científicos. Mas Marx havia perdido todos os seus bens e os de sua esposa durante a tormenta, e Engels não possuía, também ele, nenhum meio de subsistência. Então, a convite de seu pai, ele teve de retornar a Manchester e retomar as funções de escrivão que ele já havia assumido em 1843, ao passo que Marx conseguia a muito custo satisfazer as necessidades mais prementes de sua família graças aos artigos semanais que escrevia para o New York Daily Tribune.
Desse modo, e até 1870, Engels levou uma espécie de vida dupla: os seis dias da semana, das 10h às 16h, ele era um funcionário do comércio cujo trabalho consistia sobretudo em manter a correspondência da firma em diferentes línguas e ir à Bolsa de Valores. Ele tinha, no centro da cidade, seu domicílio oficial, onde recebia seus conhecidos do mundo dos negócios, enquanto sua casinha do subúrbio era aberta apenas a seus amigos políticos e científicos, entre os quais se encontrava o químico Schorlemmer e Samuel Moore, quem mais tarde traduziu para o inglês a primeira parte do Capital. Sua companheira, de origem irlandesa e ardente patriota, estava ininterruptamente em contato com seus patrícios, muito numerosos em Manchester, informando-se de todos os seus complôs. Mais de um feniano(2) encontrou asilo em sua casa, e graças a ela que um deles, que havia liderado uma ação para libertar fenianos condenados a morte, que eram conduzidos ao cadafalso, pôde escapar da polícia.
Engels, que se interessava pelo movimento feniano, havia reunido documentos para uma história da dominação inglesa na Irlanda; ele deve tê-los separado em partes e poderemos sem dúvida encontrá-los entre seus papéis(3).
À noite, liberto da escravidão dos negócios, Engels regressava a sua casinha e voltava a ser um homem livre. Ele participava não apenas do mundo dos negócios dos industriais de Manchester, mas também de seus divertimentos: ele ia a suas reuniões e a seus banquetes, se entregava a seus esportes.
Excelente cavaleiro, ele tinha seu próprio cavalo (um Irish Hunter) para a caça à raposa. Ele jamais deixava passar a ocasião na qual, segundo um velho costume feudal, a aristocracia e a pequena nobreza convidavam todos os cavaleiros dos arredores para perseguir a raposa: ele era um dos primeiros entre os mais obstinados na perseguição, nem fosso, nem cercas, nem quaisquer obstáculos o paravam.
— Eu sempre temo vir a saber que lhe aconteceu algo, me dizia Marx.
Eu não sei dizer se os burgueses de suas relações estavam ao par de sua outra vida; os ingleses são extremamente discretos e se mostram pouco curiosos do que não lhes diz respeito; em todo caso, eles ignoravam absolutamente todas as altas qualidades intelectuais do homem com quem eles se relacionavam cotidianamente, porque Engels não manifestava nada de seu saber diante deles. Aquele que Marx considerava como um dos homens mais instruídos da Europa não era para eles mais que um alegre companheiro que sabia apreciar um bom vinho...
Ele amava a companhia dos jovens e era um dono de casa hospitaleiro. Muitos eram os socialistas de Londres, os camaradas de passagem, os emigrantes de todos os países, que se reuniam domingo à sua mesa fraternal. E todos saíam de sua casa encantados das noitadas que ele animava por sua vivacidade comunicativa, seu espírito, sua alegria inesgotável.
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Não se pode pensar em Engels sem lembrar imediatamente de Marx, e reciprocamente: suas existências foram tão estreitamente entrelaçadas que eles formavam, por assim dizer, uma só vida. Cada um tinha, no entanto, uma personalidade bem marcada; eles se distinguiam não apenas exteriormente, mas ainda pelo temperamento, características pessoais, modo de pensar e de sentir.
Marx e Engels se encontraram pela primeira vez nos últimos dias de novembro de 1842, durante uma visita que fez Engels à redação da Rheinische Zeitung (Gazeta Renana). Quando a Rheinische Zeitung teve de deixar de circular, reprimida pela censura, Marx se casou e foi para a França; Engels passou alguns dias em sua cada, em Paris, em setembro de 1844. Eles mantinham correspondência, como disse Engels em sua biografia de Marx, desde que eles trabalharam juntos nos Deutsch-Französische Jahrbücher (Anais Franco-Alemães), e esta época marca o início de sua atividade em comum que não teve fim até a morte de Marx. No início de 1845 Marx foi expulso pelo ministério Guizot, por pressão do governo prussiano; ele se dirigiu à Bruxelas onde em breve Engels veio a lhe encontrar. Quando a revolução de 1848 trouxe a Rheinische Zeitung(4) de volta, Engels esteve ao lado de Marx, substituindo-o a frente do jornal sempre que Marx tinha de se afastar.
Mas apesar de sua superioridade intelectual, Engels não gozava da mesma autoridade que Marx aos olhos de seus colegas, gente jovem que se distinguia pelo talento, espírito revolucionário e coragem. Marx me contou que após uma viagem à Viena, ele havia encontrado a redação dividida por querelas que Engels não havia podido apaziguar. As relações estavam tão tensas que eles acreditavam que apenas um duelo poderia tudo acomodar. Marx teve de colocar em ação toda sua diplomacia para restabelecer a paz.
Marx tinha um dom natural para dirigir pessoas. Quem estivesse lidando com ele ficava sob sua influência. Engels foi o primeiro a reconhecer isso. Ele seguidamente me dizia que desde sua juventude Marx se impunha a todos pela clareza, precisão e energia de seu caráter. Era um verdadeiro líder, em que todos tinham total confiança, mesmo em questões que estavam fora de sua competência, como mostra o seguinte episódio. Wolff, a quem é dedicada a primeira parte do Capital, havia caído gravemente doente em Manchester, onde morava. Os médicos o haviam condenado, mas Engels e seus amigos se recusavam a reconhecer esta cruel sentença, e eles declararam de uma só voz que ele deveria telegrafar à Marx para que este viesse dar seu parecer...
Engels e Marx tinham tomado o hábito de trabalhar juntos. Engels, que levava ao extremo o rigor científico, estava seguidamente aquém da escrupulosidade de Marx que se recusava a deixar imprimir uma só frase que não tivesse podido provar de dez maneiras diferentes.
Após a derrota da revolução, os dois amigos precisaram se separar. Um se dirigiu à Manchester, o outro à Londres. Mas eles não cessaram de viver um com o outro em pensamento: cada dia, ou quase, durante vinte anos, eles se comunicaram por cartas a respeito de suas impressões e reflexões sobre os eventos políticos assim como sobre o desenvolvimento de seus estudos.
Essa correspondência está conservada.
Engels deixou Manchester assim que pôde rejeitar o jugo mercantil e se apressou a voltar à Londres, onde se fixou na Regent’s Park Road, a dez minutos de Maitland Park, onde vivia Marx. Todos os dias, por volta da uma hora, ele ia à casa de Marx; se o tempo estivesse bom e Marx bem disposto, eles iam juntos ao parque de Hampstead Heat; senão, eles permaneciam uma hora ou duas a conversar no escritório de trabalho de Marx, indo e vindo cada um em uma diagonal.
Eu me lembro de uma discussão sobre os Albigenses, que durou muitos dias. Marx estudava então o papel das pessoas que trabalhavam com finanças na idade média, judeus e cristãos. No intervalo de seus encontros, cada um fazia suas pesquisas sobre a questão debatida afim de alcançar um mesmo resultado. Nenhuma crítica a suas ideias e a seus trabalhos tinha para eles a importância dessas que, desse modo, trocavam entre si: eles tinham a mais alta opinião um do outro.
Marx não deixava de se admirar dos conhecimentos universais de Engels, a extraordinária agilidade de sua inteligência que lhe permitia passar facilmente de um tema a outro. Engels, por sua vez, apreciava reconhecer a capacidade de análise e de síntese de Marx.
— Seguramente, me disse ele certa vez, teríamos acabado um dia por compreender e por explicar o mecanismo do mundo da produção capitalista, por descobrir e por esclarecer as leis de seu desenvolvimento. Mas isso teria exigido muito tempo, o trabalho teria permanecido imperfeito e fragmentário. Marx era o único capaz de seguir todas as categorias econômicas em seu desenvolvimento dialético, de relacionar as fases de seu desenvolvimento às causas que lhes determinam e de fazer da economia política em seu conjunto um monumento teórico do qual as diferentes partes se reforçam e se condicionam mutuamente.
Aquilo que os aproximava, não era apenas um mesmo trabalho intelectual, era também uma ardente simpatia que sentiam um pelo outro: cada um pensava sempre em agradar ao outro, um orgulhoso do outro. Um dia Marx recebeu uma carta onde seu editor de Hamburgo dizia que Engels o havia visitado, e que ele assim havia podido conhecer um dos homens mais encantadores que jamais havia encontrado.
— Eu gostaria de ver, gritou Marx, interrompendo a leitura, um homem que não achasse Fred tão amável quanto sábio!
Eles punham em comum tudo o que tinham: suas carteiras e seus saberes.
Quando Marx foi indicado como correspondente do New York Daily Tribune, ele estava aprendendo o inglês; Engels traduzia seus artigos, e se necessários os escrevia. E quando Engels preparou seu Anti-Düring, Marx interrompeu seus trabalhos para escrever a parte econômica, que Engels utilizou parcialmente, tal como ele o reconheceu publicamente.(5)
A amizade de Engels se estendia a toda a família Marx. As filhas de Marx eram também suas filhas, e elas lhe chamavam seu segundo pai. Essa amizade não se desfez após a morte de Marx.
Engels era o único capaz de se situar nos manuscritos de Marx e de publicar suas obras póstumas. Ele deixou de lado sua filosofia geral das ciências, a qual trabalhava já havia dez anos e pela qual ele havia passado em revista todas as ciências e seus últimos progressos(6), a fim de se dedicar inteiramente à publicação das duas últimas partes do Capital.
Engels amava o estudo por ele mesmo: ele se interessava por todos os domínios do conhecimento. Após a derrota da revolução, em 1849, ele havia adquirido lugar num veleiro que se dirigia de Gênova para Inglaterra, a viagem da Suíça à Inglaterra através da França não lhe parecendo segura. Ele aproveitou essa circunstância para adquirir certos conhecimentos em matéria de navegação: levava a bordo um diário onde anotava as mudanças verificadas na posição do sol, a direção do vento, o estado do mar, etc. Esse diário deve encontrar-se entre os seus papéis, porque Engels, tão vivaz e tão apaixonado, era também muito metódico: ele conservava e registrava tudo com minúcia extrema.
A filologia e a arte militar foram suas primeiras paixões: ele permaneceu fiel a elas e se manteve a par de seus progressos. Os detalhes aparentemente mais insignificantes tinham para ele valor. Eu me lembro que ele leu um dia, em alta voz, o Romancero com seu amigo Mesa, que tinha vindo da Espanha, a fim de ter uma aula de pronunciação.
Seu conhecimento das línguas europeias, e mesmo alguns de seus dialetos, era fenomenal.
Após a queda da Comuna, tive a ocasião de encontrar membros do Conselho nacional da Internacional na Espanha; eles me disseram que eu tinha como suplente, no secretariado do Conselho geral para a Espanha, um certo Angel que escrevia no mais puro castelhano. Esse Angel não era outro senão Engels, a quem eles espanholavam a pronúncia do nome. Quando me dirigi à Lisboa, Francia, secretário do Conselho nacional para Portugal, me contou que ele recebia de Engels cartas em um português impecável: o que é extraordinário se pensarmos na proximidade e pequenas diferenças existentes entres essas duas línguas e o italiano, que ele igualmente dominava à perfeição.
Ele tinha uma espécie de vaidade de escrever a cada um em sua língua materna: ele escrevia em russo à Lavrov, em francês aos franceses, em polonês aos poloneses, e assim por diante. Ele apreciava a literatura em dialetos e buscava obras populares de Bignami em dialeto milanês desde que foram publicadas. Em Ramsgate, à beira mar, o proprietário de um quiosque, cercado de garotinhos de Londres, mostrava um anão barbudo em uniforme de general brasileiro. Engels se dirigiu a ele em português, depois em espanhol, nenhuma resposta. Por fim, o “general” murmurou uma palavra. – Mas este brasileiro é um irlandês! Gritou Engels, que o interpelou em seu dialeto. O infeliz verteu lágrimas de alegria ao ouvi-lo. “Engels gagueja em vinte línguas”, dizia um refugiado da Comuna, brincando com o hábito de tinha Engels de levemente gaguejar quando estava comovido.
Nenhum domínio lhe era indiferente. Nos seus últimos anos ele se dedicou a ler obras de obstetrícia, porque a senhora Freyberg, que o hospedava em sua casa, preparava-se para um exame de medicina. Marx o reprovava por se dispersar detendo-se em uma miríade de temas apenas pelo seu prazer, “em lugar de pensar no trabalho pela humanidade”. Mas ele não era paralisado por essas recriminações: - Eu teria prazer, dizia, de jogar ao fogo as publicações russas sobre a situação da agricultura que há anos te impedem de terminar o Capital! Marx vinha de se dedicar ao estudo do russo porque seu amigo Danielson, de Petesburgo, lhe havia enviado numerosas e volumosas comunicações de um inquérito sobre a agricultura, as quais o governo russo havia impedido a publicação em razão da situação terrível que elas revelavam(7).
... A sede de saber de Engels não era satisfeita até que dominasse um assunto nos menores detalhes. Quando temos uma ideia aproximada da amplitude e infinita variedade de seus conhecimentos e, por outro lado, pensamos na sua vida ativa, não podemos deixar de nos admirar que Engels, que não tinha nada de ‘sábio de gabinete’, tenha podido armazenar em seu cérebro uma tal soma de saberes. A uma memória tão certeira quanto fresca e universal ele unia uma rapidez extraordinária em tudo o que fazia e uma facilidade de assimilação não menos admirável. Ele memorizava rapidamente e sem dificuldade. Nas duas grandes salas claras onde ele trabalhava, nas quais as paredes estavam cobertas de livros, não havia um papel solto pelo chão, e os livros, à exceção de uma dúzia que se encontrava sobre a mesa de trabalho, estavam todos em seu devido lugar. A sala parecia mais um salão de estar que um gabinete de trabalho de um cientista.
Ele não era menos cuidadoso consigo mesmo: sempre adequado e irretocável em suas roupas, ele parecia pronto para a revista, como na época quando ele servia no exército prussiano como contingente de reserva. Eu nunca conheci pessoa que tenha usado por tanto tempo o mesmo terno, o qual nunca perdia o feitio e parecia sempre novo. Se ele era econômico para consigo mesmo e não se permitia despesas que não estimasse como absolutamente necessárias, ele era de uma generosidade sem fim para com o partido e para com os camaradas que lhe procuravam em função de alguma necessidade.
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Engels morava em Manchester quando foi fundada a Internacional... Ele a apoiava pecuniariamente e colaborava com o jornal The Commonwealth fundado pelo Conselho geral. Mas quando estourou a guerra franco-prussiana e Engels veio a se estabelecer em Londres(8), ele se consagrou à Internacional com o ardor com que costumava se entregar a tudo o que empreendia.
A guerra lhe interessava entes de tudo como um estrategista. Ele acompanhava diária e simultaneamente o movimento dos exércitos e mais de uma vez, como o demostram seus artigos no Pall Mall Gazette(9), ele previu as decisões que seriam tomadas pelo Estado Maior alemão. Dois dias antes de Sedan ele prenunciou o cerco do exército de Napoleão III. É por essas previsões, que aliás chamaram igualmente a atenção da imprensa inglesa, que Jenny, a filha mais nova de Marx, o apelidava de “General”. Após a queda do Império, ele tinha apenas um desejo e esperança: o triunfo da república na França. Engels e Marx não tinham pátria. Eles eram, segundo a expressão de Marx, cidadãos do mundo.
Notas de rodapé:
(1) NT: Mary Burns (1823 – 1863) e Engels assumiam publicamente sua vida marital, que se manteve por toda a existência de Mary. Nunca chegaram a se casar por questionarem a instituição burguesa do casamento. (retornar ao texto)
(2) Fenianos, revolucionários irlandeses que, durante os anos 50-70, combateram pela independência da Irlanda. (retornar ao texto)
(3) O manuscrito inacabado de História da Irlanda de Engels e uma parte dos documentos de que se serviu foram publicados nos Archives de Marx et d’Engels, t. X, p. 59-263. (retornar ao texto)
(4) Sob o nome de Die Neue Rheinische Zeitung [Nova Gazeta Renana]. (retornar ao texto)
(5) Marx escreveu para o Anti-Düring o capítulo X da parte “Economia Política”. Quando da publicação da obra no Vorwärts (Avante), Engels teve de abreviar esse capítulo. Mas na terceira edição do Anti-Düring, em 1894, ele o completou inspirando-se no manuscrito de Marx. (retornar ao texto)
(6) O manuscrito inacabado da Dialética da natureza de Engels foi publicado pelo Instituto do Marxismo-leninismo do P.C.U.S em 1925, em alemão e russo. (retornar ao texto)
(7) Lafargue sem dúvida tem em vista os volumosos Trabalhos da comissão de tributação, impressos em um número limitado de exemplares. (retornar ao texto)
(8) Em setembro de 1870. (retornar ao texto)
(9) The Pall Mall Gazette, jornal inglês editado em Londres desde 1865. Os artigos de Engels sobre a guerra franco-prussiana foram publicados entre julho de 1870 e março de 1871. Alguns foram reunidos em A social-democracia alemã. (retornar ao texto)