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Primeira Edição: Política Operária, mar-abr 2002
Fonte: Francisco Martins Rodrigues Escritos de uma vida
Transcrição: Ana Barradas
HTML: Fernando Araújo.
Direitos de Reprodução: licenciado sob uma Licença Creative Commons.
Mal passada uma semana sobre as congratulações com a “resolução histórica” do Conselho de Segurança e com o plano de paz saudita, a selvática escalada do exército israelita desfez qualquer equívoco. Como tantas outras vezes no passado, os sionistas derrubam pela força bruta as hipóteses de negociação. A desculpa de que estariam apenas a reagir defensivamente aos atentados suicidas pode agora dar lugar à verdade: querem aniquilar a Autoridade Palestiniana porque não admitem entraves ao seu projecto expansionista; querem toda a Palestina para o seu “povo eleito”.
Aos EUA, com os olhos postos na próxima campanha iraquiana, convém fingir distanciamento desta agressão bárbara, para não retirar todo o espaço de manobra aos regimes árabes seus clientes. A hipocrisia de Bush, todavia, não engana ninguém: ao mesmo tempo que pede “contenção”, declara “compreender as necessidades de defesa de Israel”! E quem senão a América fornece ao nazi Sharon as armas, os dólares e o pretexto da “cruzada antiterrorista” que passou a servir de justificação para todos os crimes?
A solidariedade ao povo palestiniano em luta é o dever mais premente de todos os anti-imperialistas. Os palestinianos não lutam apenas pelo direito à sua pátria. Ocupam a primeira linha do combate à aventura imperialista. Deixá-los sós em confronto com o ocupante sionista é suicida. O plano dos imperialistas é justamente esmagar a resistência por partes e passar de uma frente a outra até imporem a sua “nova ordem mundial”. Também em Portugal não lhes faltam adeptos. Por isso é urgente agir contra os agressores e os seus cúmplices!
Inclusão | 26/08/2019 |