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Camaradas:
Somos portadores de uma mensagem de fraternidade e saudação dos comunistas da Madeira e do Porto Santo ao primeiro Congresso do nosso Partido realizado depois do derrube do fascismo e a todos os camaradas que lutam pela consolidação da democracia e pela construção do socialismo e do comunismo em Portugal. Sempre na Madeira as massas trabalhadoras lutaram contra o fascismo e a exploração capitalista e imperialista.
Essa batalha, por vezes heróica, revestiu-se das dificuldades conhecidas por todos nós, potenciadas, ainda, pelo isolamento geográfico, que nunca nos permitiu uma eficaz aliança com as forças progressistas continentais, e pelo estreito controlo fascista de toda a informação e de toda a actividade cultural.
O Movimento de 25 de Abril criou sólidas perspectivas para a construção de um Portugal democrático e para uma luta contra a exploração do homem pelo homem, contra a miséria, contra o obscurantismo, contra a opressão e contra a desigualdade social.
Simplesmente, a reacção madeirense nunca chegou a desarmar por completo.
O domínio do capital estrangeiro ainda se manifesta fortemente e pesa na economia da ilha.
Por outro lado, muitas autoridades administrativas e outras entidades locais ainda servem exclusivamente os interesses da direita e pouco têm feito no sentido de assegurar a participação de amplas massas trabalhadoras e populares nas tarefas da democratização e do progresso social.
Acresce que um ruidoso grupo esquerdista tem ajudado a criar condições objectivas às manobras da reacção, que deles se tem servido para tentar lançar o descrédito sobre o Governo Provisório, sobre o glorioso Movimento das Forças Armadas e sobre as organizações partidárias de esquerda.
As massas camponesas têm sido vítimas de uma escandalosa e histérica campanha anticomunista, lançada por grande parte do clero local.
Depois do 28 de Setembro, a camada mais reaccionária da ilha, temendo uma solução nacional favorável aos interesses e objectivos das classes trabalhadoras, tem procurado servir-se de certos sectores pouco esclarecidos da população e do descontentamento causado pela exploração semicolonial a que o regime continental fascista nos sujeitou durante décadas para lançar a ideia de uma luta para a independência.
Com tal manobra pretendem camuflar as suas verdadeiras intenções de perpetuar a exploração capitalista e imperialista na Madeira.
Queremos terminar com algumas palavras de confiança.
Na verdade, o projecto do Programa ora em discussão oferecerá soluções para muitos dos nossos problemas.
Viva a classe operária!
Viva o Partido Comunista Português!