Ditaduras Não São Eternas - Memórias da Resistência ao Golpe de 1964, no Espírito Santo

"Ao reunir depoimentos prestados por ex-presos políticos do período de 1961 a 1979, a obra resgata parte da memória e da história do povo brasileiro; ao elaborar um retrato daquele período da história do Brasil, o livro contribui para que ele seja conhecido e, principalmente, sempre lembrado, para que, assim, não volte a se repetir. Imposta através da força, a ditadura militar rompeu com a democracia, com a legalidade, com a própria constituição brasileira, implantando um longo processo de repressão, violência, perseguição, tortura e mortes. o povo brasileiro, entretanto, lutou contra a ditadura militar sem tréguas, mostrando sua indignação e repúdio, e, por contrariar a ordem estabelecida, sofreu duras conseqüências. Muitas pessoas foram presas, torturadas, desaparecidas e mortas. Essa história precisa ser escrita e conhecida. Não basta saber quem iniciou a ditadura militar, quem dela se beneficiou. É necessário conhecer a versão daqueles que tiveram a coragem e a dignidade de se opor aos desmandos dos poderosos da época, os mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura militar deram sua coragem, sua juventude e sua vida para que tantos brasileiros hoje possam estar hoje construindo a democracia e a justiça social no Brasil. Assim o resgate feito através do livro Ditaduras não são eternas... abrirá caminhos para novas iniciativas que pesquisem e desvendem tantos segredos do passado. Não é justo que prevaleça a versão dos ditadores nem tampouco que o véu do esquecimento apague os anos de chumbo que vivemos no nosso país por mais de duas décadas. O compromisso com a verdade e com a construção da democracia pressupõe o direito de se conhecer o passado, até mesmo como condição para que se evite a repetição dos erros cometidos." (do Prefácio)

capa livro

 

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Sumário
Prefácio
Nilmário Miranda
Apresentação
Claudio Vereza
Apresentação
Lelo Coimbra
Primeira parte: Considerações teóricas

Significados ideológicos e políticos da Guerra Fria:

Os Estados Unidos despontam como potência hegemônica
A paranóia anticomunista
A divisão do mundo em zonas de influência
América Latina: a doutrina de segurança continental
Brasil: a paranóia interna e a segurança nacional
Segundo governo Vargas: o suicídio do golpe liberal (1951-1954)
Nacional-desenvolvimentismo e conciliação
O breve e controvertido governo Jânio
João Goulart: a crise, o agravamento e o golpe de 64
As reformas de base e a conspiração
A ditadura militar (1964-1985): os “anos de chumbo”
A linha-dura governa a sociedade
Ernesto Geisel e a lenta redemocratização
A sociedade vence o arbítrio

Segunda parte: Péssima memória dos regimes de exceção: torturas para quê?

Terceira parte O significado da anistia:

Tradição de anistia no Brasil
A resistência vitoriosa da sociedade
Processo de aprovação da Lei de Anistia
A questão dos benefícios
Complementações estaduais
O esforço de complementação no Espírito Santo

Anexos:

Lei n. 6.683, de 28.08.1979 (Lei da Anistia)
Excertos dos depoimentos

Referências
MIA Secção em Português Temas
Fonte
dhnet
Inclusão 30/04/2013