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A exportação do capital une os diferentes países mais solidamente do que a exportação de mercadorias: cria uma economia capitalista mundial única. Contribui também para aumentar a exportação de mercadorias. Habitualmente, um país que concede um empréstimo a outro, atrasado, impõe como condição a compra de suas mercadorias.
Luis Segal — Princípios de Economia Política — Cap, XI (3) — Pág. 325 — EPU — 2.a ed., 1947.
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Dezessete dos empréstimos para estradas de ferro concedidos à China, entre 1902 e 1908, continham cláusulas especiais prescrevendo a compra de material de caminho de ferro nos países que fornecessem o empréstimo. Os emprestadores eram ingleses, franceses, belgas e americanos. Em vinte e um casos, os empréstimos sobre estradas de ferro feitos à China estipulavam que os emprestadores teriam direito a ser intermediários nas compras de todo o material necessário à construção de tais estradas de ferro.
Os investimentos americanos em dez países sul-americanos, passaram, de 173 milhões de dólares, em 1913, a*2 bilhões e 294 milhões de dólares, em 1929. Sobre a soma investida nesses países pela Grã-Bretanha e Estados Unidos, a parte deste último era de 4,3% em 1913, e de 33,8% em 1929. Ao mesmo tempo, a parte dos Estados Unidos nas importações da América do Sul, passava de 16,1% em 1913 a 31,5% em 1929, isto é, quase o dobro.
Segundo o investigador alemão G. Tacke, investiram os Estados Unidos, de 1925 a 1929, uma soma igual a um bilhão e vinte e sete milhões de marcos alemães nas companhias de eletricidade da Argentina, Brasil e Chile. Durante o mesmo período, exportaram os Estados Unidos para os mesmos países, equipamento elétrico e material na soma de 242.900.000 marcos, ou sejam 24% da soma investida.
Durante o período 1928-1931, a França concedeu quatro empréstimos à Romênia, dois à Iugoslávia, três à Polônia, um à Tchecoslováquia e um à Finlândia, num total superior a 4.500 milhões de francos. Durante o mesmo período, a França exportou material de guerra e aviões na soma de 1.276 milhões de francos, principalmente para os países acima enumerados. Em julho de 1923, a questão de um empréstimo às Índias foi debatida na Câmara dos Comuns. No decurso dos debates, o subsecretário de Estado das Índias declarou que 95% dos empréstimos concedidos à administração hindu, até àquela data, tinham sido dispendidos na. Grã-Bretanha em compras de mercadorias.
Na primavera de 1931, o consórcio francês do “Banque des Pays du Nord” e “Schneider-Creusot” tomaram a si tanto o financiamento como a construção da linha Alta Silésia-Gdynia, na Polônia.
Em 1931, a Polônia recebeu da General Ltd. Trust, da Inglaterra, um empréstimo de onze milhões de marcos alemães, por doze anos, para a construção de uma rede telefônica. De seu lado, a Polônia se obriga a comprar, durante os seis primeiros anos, material inglês ao preço do contrato, numa soma igual a seis milhões de marcos alemães.(1)
E. Varga et L. Mendelsohn — Données complementaires à l’imperialisme de Lénine — Págs. 175-177 — Editions Sociales, 1950.
Notas de rodapé:
(1) G. Tache, Kapitalansfuhr und Warenausfuhr, 1933, p. 76-77, 116-117, 170; – M. Winkler, Investiments of U. S. Capital in Latin America, 1929, p. 284; The Magazine of Wall Street, 9 Juillet 1932; Foreign Commerce Handbook, 1933; - Fies, Europe, the World’s Banker, 1930, p. 94. (retornar ao texto)