MIA > Arquivos Temáticos > Imprensa Proletária > Revista Problemas nº 20
A União dos jovens comunistas-leninistas da URSS realizou seu XI Congresso, de 29 de março a 8 de abril, em Moscou.
Foi um grande acontecimento. O Komsomol (contração das palavras União das Juventudes Comunistas, em russo) teve desde a sua criação, em outubro de 1918, um papel destacado na vida soviética. O camarada Stálin afirmou, referindo-se ao Komsomol:
«Sempre se encontrou nas primeiras fileiras dos nossos combates. Não conheço caso em que ele tenha sido superado pelos acontecimentos de nossa vida revolucionária».
Nesse XI Congresso participaram 1.363 delegados eleitos nos Congressos realizados nas Repúblicas e regiões da URSS, à razão de um para cada 7.000 aderentes. Isto reflete perfeitamente o crescimento da organização do Komsomol e o reforçamento, desde o X Congresso, realizado em 1936, da poderosa Pátria do Socialismo.
O Komsomol possuía então 3.900.000 membros e possui, hoje, cerca de 9.300.000. Ao mesmo tempo o número de suas organizações de base passou de 200.740 para 447.340. A elite da magnífica juventude do país dos Soviets está assim agrupada na União das Juventudes Comunistas-Leninistas.
O Congresso refletiu também o papel desempenhado pela juventude e seu Komsomol, durante todo o transcurso da Grande Guerra Patriótica contra o invasor hitlerista. 1.031 delegados ostentavam condecorações militares; 90 dentre eles eram Heróis da União Soviética, alguns o eram 2 e 3 vezes. Eles encarnavam o heroísmo demonstrado pelo Komsomol durante a guerra.
Após a vitória, os Komsomols, à frente da juventude e sob a direção do Partido Bolchevique, cumpriram as tarefas da reconstrução. Participaram com abnegação do trabalho para apagar as terríveis marcas deixadas pela invasão e a guerra. Os jovens deram, assim, à sua Pátria 25.000.000 de horas de trabalho suplementar para levantar as grandes cidades devastadas. Eis o balanço do trabalho, a serviço da Pátria, nesses últimos anos, que o Komsomol de Lênin e Stálin trouxe ao XI Congresso.
No Informe das atividades do Comitê Central, apresentado pelo seu 1.º Secretário, camarada Mikhailov, lê-se:
«temos a grande felicidade de pertencer à jovem geração que construirá o comunismo e viverá sob o regime comunista».
Essa grandiosa perspectiva dominou todos os trabalhos do Congresso.
Faz 31 anos que. a União Soviética liquidou com a exploração do homem pelo homem, montou uma poderosa indústria socialista, uma agricultura que trabalha de acordo com os métodos mais modernos. Os povos da União Soviética construíram o socialismo e esmagaram, o invasor hitlerista. Hoje, eles marcham rapidamente pelo caminho do comunismo.
No seu discurso à Conferência dos Stakanovistas, em novembro de 1935, Stálin expôs de maneira brilhante as condições para a passagem do Socialismo ao Comunismo:
«Mas não se limita a isto a importância do movimento stakanovista. Sua importância reside também em que prepara as condições para a passagem do socialismo ao comunismo».
E acrescentou:
«O comunismo representa um grau superior de desenvolvimento. O principio do comunismo é que, numa sociedade comunista, cada um trabalha segundo sua capacidade e recebe os bens de consumo não segundo o trabalho produzido, mas de acordo com suas necessidades de homem culturalmente desenvolvido. Isto significa que o nível cultural e técnico da classe operária chegou então a ser suficientemente elevado para destruir as bases da oposição entre o trabalho intelectual e o trabalho manual. O contraste entre o trabalho intelectual e o trabalho manual já desapareceu então e a produtividade do trabalho alcançou um grau bastante elevado para assegurar a plena abundância de artigos de consumo; por conseguinte, a sociedade está em condições de repartir esses bens conforme as necessidades de seus membros».(1)
A realização do sonho secular da humanidade: o reino da abundância ilimitada e para todos, a idade de ouro, tal é o magnífico objetivo a que se obrigou a atingir, conforme as diretivas do Partido Comunista Bolchevique, o Komsomol de Lênin e Stálin.
O camarada Mikhailov, no seu informe, disse o seguinte:
«O XI Congresso do Komsomol é um Congresso de mobilização de todas a forças da juventude Soviética para a realização das tarefas da edificação do comunismo em nossa Pátria. Isto deve servir de base para todo o nosso trabalho, dirigir todos os nossos atos, todas as nossas forças, toda a nossa sabedoria».
«O trabalho em nosso país é uma questão da honra, de glória, de coragem de heroísmo. O Partido Bolchevique sempre assinalou que o amor ao trabalho é um dos elementos principais da educação comunista.
Fora de uma participação ativa no trabalho, não se pode conceber uma boa educação da geração jovem».
É preciso, dizia Lênin,
«que a União da Juventude Comunista ligue sua instrução, sua aprendizagem e sua educação ao trabalho doa operários e camponeses».
A passagem para a construção da sociedade comunista necessita de um desenvolvimento impetuoso das forças produtivas do país, o reforçamento da economia socialista, a utilização sistemática, em escala cada vez maior, de todas as riquezas naturais, das últimas realizações da ciência e da técnica.
Na URSS, atualmente, cada um trabalha para realizar o plano econômico nacional, o plano qüinqüenal, que prevê um crescimento considerável, da produção industrial e agrícola.
Nas fábricas, onde cada um sabe que trabalha para si mesmo e para o povo e não mais para os exploradores, a palavra de ordem: «É preciso realizar o plano qüinqüenal em 4 anos»! é a de todos os trabalhadores. E os jovens não são os últimos a tomar parte nessa gigantesca batalha da produção.
Soubemos, no decorrer do congresso, que 2.000.000 de jovens trabalhadores cumpriram seu plano para 1948 até a data do 30. aniversário do Komsomol, em outubro, portanto 3 meses antes do prazo, mesma data 450.000 jovens realizaram seu plano de 5 anos; quer dizer que o trabalho previsto para 5 anos, foi concluído em de 3 anos.
Os jovens trabalhadores especializados não são mais elementos raros, são hoje milhões na URSS.
Um dos assuntos mais debatidos no Congresso foi a necessidade] de cada jovem operário alcançar os melhores Stakanovistas.
Nas fábricas, esta emulação se traduz, não só pelo esforço para aperfeiçoar os métodos de trabalho e de utilização das máquinas a fim de melhorar o rendimento sem aumentar a fadiga, como também por um esforço individual para melhorar a qualidade dos produtos saídos das fábricas.
Criou o Komsomol, sob a orientação do Partido Bolchevique. um grande número de «brigadas do trabalho de alta qualidade». Para os jovens que pertencem a essas brigadas é uma questão de honra fornecer produtos de qualidade insuperável.
Desenvolver o amor pelo trabalho, o respeito pela propriedade do povo, constitui também uma tarefa dos Komsomols. Participam com ardor da campanha lançada em todo o país para fazer economias nas empresas. Esta campanha tem por fim limitar e fazer desaparecer todo gasto inútil, conservar o material e utilizar de forma racional as matérias primas. Esta campanha economizou para o Estado Socialista bilhões de rublos.
As modificações que vêm se processando na União Soviética, há 30 anos, mudaram radicalmente o aspecto e mesmo o tipo do jovem trabalhador soviético. Não é raro encontrar jovens trabalhadores que tenham completado seus estudos primários de sete anos e mesmo os secundários. Em sua quase totalidade os jovens operários seguem cursos noturnos, freqüentam diferentes escolas e bibliotecas. O teatro, o cinema, as conferências e os livros lhes são habituais. Os jovens operários colaboram com os técnicos, os engenheiros; revelam-se inventores e inovadores de talento, introduzem métodos novos de trabalho, tornam-se mestres na técnica. Assim tendem a desaparecer os limites entre o trabalho manual e o trabalho intelectual.
Nos kolkoses onde 300.000 de seus militantes são presidentes ou dirigentes ativos, o Komsomol executa uma tarefa idêntica. Contribui para elevar a técnica do trabalho no campo, onde 80% dos condutores de tratores e semeadeiras são jovens.
O Komsomol anima o movimento de emulação para «maiores colheitas», que corresponde às «brigadas de trabalho de alta qualidade» das fábricas. Neste momento, o Komsomol está participando do grandioso plano para o reflorestamento de um território que é 4 vezes o tamanho da França, plano de luta contra a seca, que assegurará maior fertilidade aos territórios meridionais da União Soviética.
Milhares e dezenas de milhares de jovens se inscrevem nas escolas agronômicas e florestais, colaboram na criação de imensos parques e na plantação de árvores em milhares de hectares.
Para cumprir as gigantescas tarefas da construção do comunismo, são necessários milhões e milhões de especialistas do trabalho, tanto para a cidade como para o campo. Na União Soviética não existe o medo do excesso de trabalhadores, pelo contrário procura-se formá-los sempre mais. A preocupação não é apenas dar um alto nível técnico aos operários (12 milhões de operários, dos quais 60% eram jovens, obtiveram nesses últimos anos uma qualificação superior em novas habitações), mas de formar outros milhões.
A ANÁLISE do trabalho realizado pelo Komsomol nas escolas primárias e secundárias constituiu o 2º ponto da ordem do dia do Congresso. 34 milhões de meninos e adolescentes freqüentam essas escolas que constituem a base material da educação comunista da juventude. Dezenas de oradores sucederam-se para dizer como devia participar no melhoramento do trabalho dos pedagogos e de seus métodos, o reforçamento da disciplina consciente dos alunos e sobre todos os assuntos que interessam à escola soviética. Um grande papel é reservado nesse trabalho à organização dos Pioneiros de Lênin, que conta com 13 milhões de membros, dentre os quais se encontram milhares de monitores Komsomols.
A União das Juventudes Comunistas quer ser uma grande escola das idéias de Marx, Engels, Lênin e Stálin. Em seu informe, Mikhailov diz:
«A educação comunista da Juventude compreende uma vasta propaganda da teoria marxista-leninista. Hoje, quando todos os caminhos conduzem ao comunismo, percebe-se com nitidez particular toda a. potência do papel organizador e transformador das idéias revolucionárias, das idéias de Marx—Engels—Lênin e Stálin. Apoderando-se das massas, o marxismo-leninismo torna-se uma força material imensa». «A educação comunista da juventude foi sempre o fundamental no trabalho do Komsomol. O Partido Bolchevique e o Estado Socialista educaram e continuam a educar a jovem geração de cidadãos do nosso país, como seguro apoio aos militantes da geração idosa, realizadores da grande obra de Lênin e Stálin».
«A juventude, camaradas, é o nosso futuro; nossa esperança declarou o camarada Stálin. Ela deve levar nossa bandeira até a vitória final».
A importância do trabalho de educação marxista-leninista no seio das organizações Komsomols é demonstrada pelos seguintes dados: no Komsomol existem 237.125 círculos políticos e escolas freqüentadas por mais de 4.000.000 de jovens. Existem 200.000 jovens educadores e propagandistas.
A imprensa é uma arma poderosa de educação da juventude. 37 jornais do Komsomol, 19 jornais dos Pioneiros, 8 revistas para os Komsomols e 15 para as crianças circulam na URSS. Os mais importantes são o Komsomolskaia Pravda, diário de mais de 700.000 exemplares e o Pionerskaia Pravda que aparece de dois em dois dias para as crianças e que alcança 1.000.000 de exemplares. O amor à Pátria Soviética é o elemento essencial da educação comunista da juventude, e o Komsomol se esforça, de acordo com o conselho de Stálin, para formar uma jovem geração consciente de seus deveres para com ã Pátria, cheia de vigor, tendo confiança total nas suas forças, não temendo nenhuma dificuldade, pronta a sobrepujar todos os obstáculos. Esse amor ilimitado para com a Pátria Soviética se completa com a educação no espírito de amizade e de solidariedade comprovada para com a juventude democrática do mundo inteiro e pretende cumprir seu dever histórico de vanguarda digna da juventude trabalhadora do mundo.
O Congresso ressaltou também o grande trabalho realizada pela Federação Mundial da Juventude Democrática, na mobilização dos jovens na luta pela Paz — e a grande importância das manifestações internacionais dos jovens que se realizarão, no próximo verão, em Budapeste, por ocasião do II Congresso da. F.M.J.D.
O CONGRESSO foi uma manifestação de unidade total da União das Juventudes Comunistas-Leninistas em torno do Partido Comunista Bolchevique, em torno de Stálin. O amor ao Partido e a Stálin se manifestou constantemente, chegando ao auge, quando os congressistas, de pé, ouviram a mensagem de saudação do Comitê Central do Partido Comunista Bolchevique, que dizia:
«As Juventudes Comunistas Leninistas constituem um destacamento de vanguarda da juventude soviética, as reservas seguras e o esteio fiel do Partido Bolchevique. Educadas e dirigidas pelo Partido de Lênin e Stálin, as juventudes comunistas percorreram um longo e glorioso caminho, formaram milhões de jovens patriotas soviéticos, construtores da Sociedade Comunista».
Não há mais elevada honra para um Komsomol, disse Mikhailov, do que tornar-se membro do grande Partido Bolchevique. Entre 1936-1939, cerca de 4 milhões de Komsomols foram aceitos como membros das organizações do Partido. Hoje mais de 93% dos dirigentes das juventudes comunistas (Secretários de Comitês Regionais, Distritais e Comitês Centrais das Repúblicas) são membros do Partido, assim como 99% dos primeiros secretários dos Comitês Municipais.
As organizações do Partido acompanham com solicitude o trabalho dos organismos do Komsomol, guiam-nos, aconselham-nos e corrigem seus erros eventuais.
O Congresso constituiu uma magnífica demonstração da formação bolchevique dos militantes do Komsomol. Os debates demonstraram o alto espírito de responsabilidade e a vontade de examinar a fundo os problemas. A característica essencial foi a maneira por que os oradores criticaram as debilidades de sua própria organização, as debilidades individuais e passaram em revista as falhas existentes nos organismos do Komsomol ou qualquer organismo de Estado. Todas as discussões tiveram em alto grau um espírito crítico e auto-crítico.
Os quadros dirigentes do Komsomol, formados pelo Partido, trabalham segundo o estilo bolchevique.
O Komsomol é o auxiliar precioso, o braço direito, a reserva do Partido Bolchevique.
Estes sucessos são devidos à política justa Leninista-Stalinista para com a juventude, que, ao contrário da política da social-democracía, e da reação, se baseia na confiança em relação à jovem geração operaria e que tem por objetivo organizá-la e guiá-la, através de uma boa orientação, no caminho da luta gloriosa pelo triunfo do socialismo.
JÁ VIMOS NOS «CAHIERS» as imensas tarefas dos comunistas franceses para unir e bem orientar as amplas massas da juventude francesa. (Cahiers du Communisme» — abril e outubro 1948).
Se já foram obtidos alguns resultados, não podemos afirmar, entretanto, que o conjunto das organizações do Partido consideram esta tarefa como uma das mais importantes.
Muitas vezes as direções das Federações e Seções pensam que a tarefa do trabalho juvenil é tarefa de alguns militantes «especialistas», que trabalham no seio dos movimentos da juventude. Nunca é demais repetir que a missão de ganhar o conjunto da juventude para a causa do povo é de todo o Partido, de todas os seus membros, não só dos jovens, cujo dever é organizar seus irmãos e irmãs de trabalho, como dos demais.
Isto significa que os comunistas que trabalham nas organizações juvenis devem ser os melhores dentre os seus camaradas, ao mesmo tempo se esforçar por merecer a confiança dos demais, conservando ligações estreitas com sua organização do Partida, o que nem sempre acontece.
Isto significa que as direções do Partido em todos os seus escalões, devem ter também a preocupação do trabalho juvenil, a educação comunista dos jovens militantes, da estabilidade dos quadros das organizações democráticas juvenis. Os dirigentes do Partido sempre nos deram o exemplo, estudando com atenção os problemas dos jovens.
Ainda há poucos dias André Marty presidia, ao lado de Raymond Guyot, a magnífica conferência sobre o trabalho juvenil organizada pela Federação do Sena. Jacques Duclos falou aos jovens franceses e francesas no Comício do «Bufalo» organizado pela União das Moças de França. E o Bureau Político dedicou a maior parte de uma das suas recentes reuniões ao exame dos problemas juvenis.
Uma direção do Partido que deseje ser digna desse exemplo, deve acompanhar constantemente o trabalho dos jovens comunistas nas organizações onde atuam, círculos de jovens, moradia de moças. secção juvenil dos sindicatos, grupos artísticos, clubes esportivos da F.S.G.T. e outras. Deve ajudar os jovens comunistas a coordenar os seus esforços, muitas vezes dispersos. Os movimentos democráticos da juventude, A União da Juventude Republicana Francesa, a União das Moças de França, desenvolvem uma atividade que se comprova nas lutas pela Paz, contra a guerra no Vietnam, principalmente. Agrupam, porém, um número ainda restrito de jovens militantes. Devemos ajudá-los a fim de adquirir um verdadeiro caráter de unir e organizar em cada cidade milhares de moças e rapazes. Relembremos a este respeito os ensinamentos que Maurício Thorez dava aos jovens comunistas, no seu último Congresso, em abril de 1945:
«Os moços e moças que em seu íntimo já se sentem comunistas, que agem em toda a sua vida, em todos os momentos, em todas as cousas, como Comunistas, ora essa! o seu lugar é dentro do nosso grande Partido Comunista. E, ao mesmo tempo, dentro de uma grande União da Juventude Republicana Francesa que educará seus membros no espírito de confiança nas forças da povo, na democracia, % também, a confiança no melhor guia da juventude de todos os países, o maior amigo de todos os jovens, o Marechal Stálin»(2).
Essa indispensável educação é uma das tarefas essenciais que os comunistas devem realizar, se querem orientar bem a juventude. A sua realização depende, sem dúvida, do desenvolvimento dos círculos de estuda para os jovens, da utilização de filmes, livros, conferências, de todos os meios de educação de que dispomos para levantar o nível dos jovens, mas depende também de pormos em prática, de maneira justa, os ensinamentos de Lênin, contidos no seu famoso discurso ao III Congresso do Komsomol, ensinamentos que inspiram constantemente essa organização:
«Para que a jovem geração aprenda o comunismo é preciso que cada instante de seu estudo, de sua educação e de sua instrução, seja ligado à luta incessante dos proletários e dos trabalhadores em geral, contra a velha sociedade de exploradores».
E mais adiante dizia:
«Para atingir esse objetivo, necessitamos de uma geração de jovens que, nas condições dessa luta disciplinada, encarniçada, contra a burguesia, tenha começado a se transformar em homens conscientes. É nesta luta que se formam os verdadeiros comunistas. A esta luta deve se prender e se subordinar em tidos os instantes a sua instrução, educação e formação. Educar a juventude comunista não consiste em oferecer-lhe discursos suaves ou regras de moralidade. Não é isto que educa a juventude. Quando os homens viram seus Pais e suas mães passando fome, sob o jugo dos latifundiários e capitalistas, quando eles mesmos participaram do sofrimento junta com aqueles que tomaram parte nos primeiros combates contra os exploradores, quando viram quanto sacrifício custou a continuação da luta pela defesa das primeiras conquistas, quando sentiram que os latifundiários e capitalistas são seus furiosos inimigos, então, nessas condições é que esses homens tiveram a sua educação de comunistas».
«Na base da moralidade comunista encontra-se a luta para consolidar e completar o comunismo. Eis em que consiste a base da educação, da instrução e formação comunistas. Eis a resposta à questão de saber como se deve aprender o comunismo».(3)
Encontrar o caminho da luta é o essencial para os jovens trabalhadores, pois que nessa luta, mesmo tendo um caráter limitado no começo, se elevará sua consciência social, rapidamente, e já centenas de exemplos ilustram a tese do grande Lênin. É preciso, além disso, acabar com toda a subestimação do papel desempenhado pela juventude na luta do povo, e, com mais razão, toda expressão de menosprezo a seu respeito.
Há camaradas que até nas nossas fileiras, mais ou menos conscientemente, se deixam levar pela propaganda reacionária de que a juventude nada vale, que dela nada se pode esperar, etc. No último número de uma revista amiga, havia o artigo de um camarada que falava da despreocupação da juventude, quando a experiência destes últimos anos nos mestra o contrário. Cada vez que a juventude tem sido levada à luta, ela tem se batido admiràvelmente. Será preciso recordar, a posição tomada pelos jovens operários de Marselha, em novembro de 1947, a de milhares de jovens na solidariedade aos mineiros em greve, a luta intensa da juventude contra a guerra (Vietnam), etc.
Em vez de teorizar e dar aos jovens conselhos idealistas, é necessário ajudar concretamente os militantes das organizações juvenis. ajudar a organizar o trabalho a fim de arrastar atrás de si a imensa maioria dos jovens.
A massa dos jovens trabalhadores da França deseja outra cousa bem diferente do que atualmente existe. Os jovens querem que «isto mude».
A não ser o nosso, qual é o outro partido capaz de abrir essa perspectiva de transformação para a mocidade, qual o partido capaz de mostrar-lhe que o caminho da juventude feliz da União Soviética, o caminho da união e da luta, é o que ela deve também percorrer?
Era preciso ver o entusiasmo e a vibração dos jovens parisienses reunidos no amplo salão da Mutualidade, quando da prestação de contas do Congresso do Komsomol, ao ouvir as experiências e os sucessos alcançados pelos jovens construtores do Comunismo, ao surgir na tribuna a figura querida da mãe da heroína Zoia e do «verdadeiro homem» Alexis Meressiev, para sentir e compreender o que interessa à juventude.
É necessário mostrar à nossa juventude que ela pode também almejar esse futuro radioso conhecido pela juventude da União Soviética, se escolher ocaminho da luta contra os inimigas da mocidade, os mesmos que querem hoje levantar a ignóbil cruzada contra a União Soviética.
Isto significa que é preciso mostrar à juventude trabalhadora que para atingir este objetivo, para chegar a esta vida radiosa, é necessário lutar contra os fautores de guerra imperialistas, contra os partidários de uma nova aventura anti-soviética, e pela Paz.
Ganhar a paz significa para a jovem geração lutar contra aqueles que entravam o seu futuro, que lhe dão como única perspectiva, uma nova hecatombe, e vencer os imperialistas.
Esta luta pela Paz, que interessa vitalmente àjuventude, se confunde com a luta por uma vida mais feliz e radiosa como já é conhecida pela juventude soviética.
O dever dos comunistas, onde quer que estejam é apoiar os jovens nesse combate, sem temer o emprego de formas originais na luta pela Paz, pela redução dos créditos militares, para impor o fim à guerra imunda contra o Vietnam. É um dever que não deixaremos de cumprir.
Notas de rodapé:
(1) Stálin — Cuestiones del Leninismo pág. 589 — Ediciones en línguas estrangeras — Moscu. (retornar ao texto)
(2) Maurice Thorez — «A la Jeunesse de França», pág. 7 — Paris. (retornar ao texto)
(3) Lenin e a União da Juventude – págs. 12 e 13. (retornar ao texto)
|
| Inclusão | 03/02/2011 |