MIA > Arquivos Temáticos > Imprensa Proletária > Revista Problemas nº 57 > Novidades
O poderoso movimento por uma paz duradoura que se desenvolve em todas as partes do mundo se confunde, nas condições atuais, com a defesa da soberania nacional, da liberdade e da independência dos povos. As massas populares têm, cada vez mais, nítida consciência de que as forças agressivas imperialistas, que procuram destruir as bases da existência pacífica dos povos, lhes causam inumeráveis males e sofrimentos, e destroem sua independência nacional. A campanha do capital monopolista contra a soberania nacional dos povos faz parte integrante da política de preparação de uma nova guerra, na luta dos imperialistas pelo domínio mundial.
Assim como a defesa da paz, a defesa da independência nacional é uma causa muito importante dos povos; ela é vital para eles, que estão ameaçados pela agressão dos imperialistas. A força crescente do movimento da paz apóia-se no patriotismo das grandes massas, pois a luta para evitar a guerra significa, ao mesmo tempo, a luta contra a política imperialista de escravização dos povos.
Desde que o marxismo o comunismo científico — existe, os ideólogos da burguesia afirmaram e continuam a afirmar que o socialismo e o comunismo seriam incompatíveis com o patriotismo, pois que defendendo os interesses do movimento operário internacional, solidarizando-se com a política do campo socialista e democrático, os comunistas dos países capitalistas deixariam de ser patriotas. Na realidade, porém, é justamente a burguesia que espezinha a bandeira da soberania nacional, a bandeira do patriotismo, e são os comunistas que reerguem e levam avante a bandeira da luta pela liberdade e a independência dos povos — a bandeira do patriotismo — e que reúnem em torno de si amplas massas trabalhadoras de todos os países. Os comunistas, que defendem firmemente as liberdades democráticas, entre elas a independência nacional, elevam o movimento patriótico dos povos a um grau superior, e cultivam o patriotismo como uma grande força na luta pela vitória da paz, da democracia e do socialismo.
Há séculos, os homens vivem em pátrias que se formaram no curso da história e dentro de cujos limites se efetua seu progresso social e cultural. Daí o patriotismo se haver tornado um dos sentimentos humanos mais profundos, mais sólidos e mais vigorosos. O patriotismo não é uma qualidade inata, biológica, dos homens; é ura sentimento social determinado pela história, de amor à pátria, Sentimento que o homem manifesta servindo aos interesses de sua pátria. Todo povo tem interesse no desenvolvimento social e cultural de sua pátria — isto é: no desenvolvimento do meio no qual ele vive e trabalha —; todo povo tem determinados interesses comuns, ligados à defesa da pátria, da língua e da cultura maternas, contra qualquer golpe dos conquistadores estrangeiros.
Os sentimentos patrióticos se desenvolveram e consolidaram de geração em geração em virtude de a pátria de cada povo se achar sob a ameaça de incursões estrangeiras. Sabe-se que, desde a desagregação do regime do comunismo primitivo, toda a história da sociedade tem sido a história da luta de classes. A exploração e a opressão de uma classe por outra nas sociedades escravista, feudal e capitalista são acompanhadas e completadas pela subjugação de certos povos e Estados por outros. As classes exploradoras que pilham e oprimem os trabalhadores e seus países são, ao mesmo tempo, as instigadoras e organizadoras das conquistas de territórios estrangeiros, da escravização de outros povos. Foi na luta contra os inimigos externos e contra o jugo estrangeiro que os sentimentos patrióticos das massas populares se desenvolveram, e criaram raízes.
Durante séculos, o povo russo defendeu seu solo e sua independência em lutas encarniçadas contra as numerosas hordas de conquistadores que investiam de Leste do Oeste e do Sul. O povo russo suportou honrosamente as duras provas da história, e nenhum conquistador conseguiu quebrar sua vontade de luta pela liberdade e a Independência da Pátria. Nem mesmo o penoso jugo tártaro-mongol conseguiu dobrar o povo russo. O jugo estrangeiro não obteve outro resultado senão fazer brilhar com um fogo mais vivo, no coração dos russos, a flama do patriotismo, do amor à Pátria, e do ódio a seus subjugadores. O patriotismo ardente do povo russo encontrou vivo reflexo em suas lendas, provérbios e contos, na grande obra-de-arte da antiga Rússia que é «O cancioneiro da campanha de Igor».
Às custas de duros sacrifícios é que o povo russo conservou sua independência e defendeu a honra de sua pátria ao mesmo tempo que forjava a unidade política do país na luta contra seus inimigos e superava o desastroso fracionamento feudal. Na Rússia, o Estado centralizado único constituiu-se muito mais cedo do que em muitos países europeus porque não somente as necessidades do desenvolvimento econômico mas também o interesse da defesa reclamavam a mais rápida passagem do fracionamento feudal a uma união política mais coesa a um Estado centralizado, capaz de resistir à pressão dos inimigos externos.
Em todos os tempos, os povos da Ucrânia, da Bielo-Rússia, da Moldávia, dos países bálticos, da Transcaucásia, da Ásia-Central e dos confins orientais da Rússia uniram sua sorte à do povo russo. Oprimidos e torturados pelos conquistadores estrangeiros, foi somente em aliança com o povo russo, que eles puderam escapar ao extermínio e às constantes incursões do inimigo. Mesmo nas condições de discórdia nacional implantada pelo czarismo, privados de direitos e oprimidos na Rússia czarista, eles eram invariavelmente atraídos pelo povo russo.
Os laços históricos e os sentimentos patrióticos dos povos de nosso país desenvolveram-se na heróica luta travada em comum contra os exploradores, contra os conquistadores estrangeiros. Superando a resistência encarniçada da reação, os trabalhadores marcharam firmemente para a liberdade, para a conquista das condições indispensáveis a uma vida verdadeiramente humana.
Os chefes da democracia revolucionária russa — Bielinski, Tchernichevski e seus continuadores — foram ardentes patriotas; combateram com abnegação o jugo social sob todas suas formas; foram amigos sinceros de todos os povos da Rússia e partidários do. desenvolvimento da humanidade para o progresso. O patriotismo dos democratas revolucionários, — exprimindo os interesses e as esperanças das massas populares — está indissoluvelmente ligado ao movimento libertador, à luta pela liquidação do czarismo e do regime feudal.
Os melhores filhos de todos os povos de nosso país, os heróis da luta libertadora e os educadores democratas Taras Chevtchenko, Constantin Kalinovski, Sigismundo Serakosvki, Michail Nalbandian, Hia Tchavtchavadzê, Abai Kunbáiev e outros foram inspirados pelo exemplo de Bielinski e de Tchernichevski; estavam imbuídos das idéias dos democratas revolucionários russos e, sob a bandeira da democracia revolucionária, combateram o czarismo e lutaram para livrar seus povos, assim como o povo russo, do jugo da autocracia e da servidão.
Os democratas revolucionários odiavam e ridicularizavam o servilismo das classes dominantes com relação a tudo que era estrangeiro; defendiam a dignidade nacional do povo e o desenvolvimento da cultura de seu país. Ao mesmo tempo, eram adversários resolutos da estreiteza nacionalista; estigmatizavam com paixão os reacionários russos que procuravam isolar os trabalhadores da Rússia dos movimentos revolucionários e libertadores de outros países. As personalidades e os artistas progressistas denunciavam o ideal feudal de um «Estado isolado», que apresentavam aos reacionários como sombria «prisão» circundada por um muro impenetrável à luz. Combatiam eles, com perseverança, o culto infame dos vestígios petrificados de um passado morto, a barbárie e a ausência da cultura; ridicularizavam impiedosamente a admiração dos ideólogos do servilismo pelo arado de madeira e a isbà sem chaminé, «reluzente do negro da fumaça»; pregavam incansavelmente a liberdade e o progresso de seu país.
As revoluções democrático-burguesas e os movimentos de libertação nacional no período do capitalismo ascendente provocaram um florescimento dos sentimentos patrióticos nas mais amplas massas trabalhadoras. Esse entusiasmo patriótico dos trabalhadores foi utilizado pela burguesia, que era, na época, uma força objetivamente revolucionária; que defendia os direitos e a independência das nações burguesas em formação; que agia como representante dos interesses gerais da nação, como partidário da soberania nacional. O patriotismo foi, para ela, a bandeira de luta pelo Estado nacional burguês.
Evidentemente, o patriotismo das diferentes classes de uma nação burguesa não é homogêneo. O patriotismo da burguesia tinha por base econômica a luta pelo livre mercado nacional, pelo abolição das barreiras feudais que restringiam a liberdade de circulação das mercadorias. O patriotismo do campesinato teve por base a luta pela abolição da servidão, pela terra e pela liberdade individual. O patriotismo da classe operária — classe em crescimento — orientou-se para à criação de uma pátria livre e democrática, como condição indispensável da luta, pelo socialismo.
O movimento burguês de libertação nacional contra as forças e as instituições feudais e absolutistas teve grande importância progressista no desenvolvimento econômico e político dos povos. No período das guerras de libertação nacional, as massas populares foram empolgadas por um rigoroso entusiasmo patriótico, a despeito de toda a diversidade de interesses e objetivos de classe. O título de patriota tornou-se então o mais honroso, personificando a consciência do dever cívico. No período da revolução burguesa do século XVIII, na França, eram chamados de patriotas os que defendiam a República contra os atentados da contra-revolução feudal-monarquista, que se aliara aos inimigos estrangeiros da França.
Na Europa Ocidental, a época do ascenso dos movimentos democráticos burgueses e das guerras nacionais se prolongou até à guerra franco-prussiana e à Comuna de Paris. Por sua conduta durante a Comuna de Paris, a burguesia francesa mostrou que não mais podia intervir na qualidade de força nacional; que não mais podia representar e defender os interesses nacionais. Para sufocar a Comuna de Paris, reprimir o movimento proletário, a burguesia francesa concluiu vergonhosa barganha com o inimigo estrangeiro que havia arruinado a França. Depois da derrota da Comuna de Paris, a palavra-de-ordem de «defesa da Pátria» e de guerra nacional tornou-se uma pura trapaça da parte dos governos burgueses; sob essa palavra-de-ordem, a burguesia escondia seu desejo de sufocar as contradições de classe e de desviar o proletariado, e os trabalhadores, da luta de classe pela democracia e o socialismo.
Desde os fins do século XIX, quando se iniciou uma nova era — a era do imperialismo —, a questão nacional tomou cada vez mais um caráter internacional. A dominação do imperialismo significa extensão e agravação imensas do jugo nacional. O imperialismo dividiu o mundo inteiro em um punhado de nações burguesas dominantes, dirigidas pela burguesia imperialista, e uma imensa maioria de povos de países coloniais e dependentes, oprimidos e explorados pelos Estados imperialistas.
Nessa nova época, o papel progressista do patriotismo manifestou-se com força particular no avanço dos movimentos de libertação nacional, na luta pela independência nacional, contra o jugo imperialista. O movimento de libertação nacional não é trazido do exterior; ele é concebido e se torna cada vez mais forte à medida que se desenvolve o capitalismo. O imperialismo amplia e aprofunda a exploração e a opressão das nações nos países coloniais e dependentes, e isso, por sua vez, leva a uma extensão e agravação da luta contra a opressão nacional. Nas colônias e nos países dependentes, a classe operária, assim como os intelectuais autóctones, cresce, conseqüentemente, aumenta a consciência nacional dos povos, e sua vontade e sua capacidade de resistir ao jugo imperialista se tornam, mais fortes.
Na Europa Oriental e na Ásia, a época das revoluções democrático-burguesas começou na ocasião da primeira revolução russa de 1905. O movimento de libertação de centenas de milhões de homens nessa parte imensa do globo teve enorme importância; significou um impulso do movimento de libertação nacional, uma imensa extensão do movimento a ameaçar de aniquilamento toda a estrutura da exploração imperialista.
Nos países coloniais e dependentes do Oriente — na China, na Índia, etc. —, as palavras-de-ordem de luta pela independência nacional exprimiam as necessidades mais vitais e as esperanças mais sentidas da massa popular. A classe operária desses países se achou diante da urgente tarefa de se colocar à frente do movimento patriótico de libertação nacional das massas populares contra o imperialismo.
Com seus esforços para manter sua dominação sobre os povos das colônias, os imperialistas fazem com que aumente o ódio desses povos contra o jugo estrangeiro, e se revigore sua vontade de combater pela liberdade e a independência nacional. As lições da heróica luta de libertação nacional na China e em outros países da Ásia, assim como a crescente resistência aos imperialistas em outras partes do mundo, mostram que não existem forças capazes de deter o irresistível movimento dos povos pela independência nacional e por uma vida independente como Estados. Para a burguesia dos países imperialistas a palavra-de-ordem de patriotismo se transformou em biombo que encobre sua criminosa política de guerras de banditismo, de conquistas e de pilhagens, de escravização e opressão dos povos. A burguesia atual desvirtuou e enxovalhou as idéias e as palavras-de-ordem do patriotismo, como também todas as palavras-de-ordem democráticas. O «patriotismo» da burguesia reacionária, que consagra a corrida armamentista e os lucros fabulosos dos negociantes de canhões, é chamado — com justa razão — de «patriotismo dos canhões», tendendo a escravizar e a explorar os povos de «seus» países assim como os de países estrangeiros. Atualmente, a sorte dos povos e de suas pátrias está indissoluvelmente ligada à sorte da classe operária e à sua luta libertadora. Ao mesmo tempo que denuncia as deformações burguesas das idéias e das palavras-de-ordem do patriotismo, o marxismo-leninismo ensina que a missão histórica e o dever patriótico da classe operária dos países capitalistas residem na luta contra o imperialismo e as guerras, e pela paz, a democracia e o socialismo. Os Partidos Comunistas educam a classe operária na consciência de que a defesa da independência nacional e das liberdades democráticas é a condição «sine qua non» da luta pelo socialismo.
A classe operária levantou a bandeira da luta contra a pedra angular de toda opressão — contra a exploração do homem pelo homem. O proletariado não mais tolera a opressão nacional nem qualquer outra forma de opressão. O proletariado revolucionário dos Estados capitalistas que mantêm em servidão os povos das colônias e dos países dependentes tem por divisa de combate a célebre tese marxista — «Um povo que oprime outros povos não pode ser um povo livre».
Na época do imperialismo, a atitude para com a pátria e o patriotismo tornaram-se um dos mais ardentes problemas da luta ideológica e da delimitação política no movimento socialista internacional. No início do século XX, surgiram sobre o assunto dois pontos-de-vista extremos, ambos inaceitáveis para os marxistas. Antes da primeira guerra mundial, os anarquistas e os outros socialistas pequeno-burgueses que pregavam a indiferença para com os problemas de independência nacional chegaram a negar a idéia da auto-determinação das nações e da defesa da pátria em geral; a negar até mesmo a idéia de pátria. Por exemplo: o anarquista francês Hervé afirmava que a questão de pátria, de nação, é absolutamente indiferente para a classe operária. Os oportunistas do tipo do social-democrata alemão Vollmar afirmavam, pelo contrário, que os socialistas deviam ser pela defesa da pátria, qualquer que fosse a guerra — mesmo uma guerra declaradamente de conquista. Os «ortodoxos» da época, na II Internacional, divergiam quanto à forma dessas opiniões não-marxistas. mas eram incapazes de dar uma solução científica ao problema da atitude para com a pátria. A célebre tese do Manifesto Comunista «Os operários não têm pátria», eles a interpretavam no espírito do niilismo nacional ou então a declaravam caduca. O próprio Plekhánov, que na época defendia as posições do marxismo, não chegava a resolver a questão da pátria e oscilava do cosmopolitismo «socialista» ao social-chauvinismo extremado. Até à primeira guerra mundial, afirmava ele que a idéia de pátria era contrária ao princípio do internacionalismo, que o menosprezo aos direitos de outras pátrias era condição psicológica indispensável ao amor de sua própria pátria. Durante os anos da guerra mundial, Plekhánov — como Vollmar, Hervé e outros oportunistas — tornou-se social-chauvinista, propagandista furioso da defesa da pátria burguesa em uma guerra de pilhagem imperialista. Assim, o niilismo nacional e o chauvinismo apresentaram-se não como antípodas mas, tão somente, como duas variedades da ideologia burguesa.
O Partido bolchevique tinha a única concepção justa, conseqüente, do ponto-de-vista marxista, da atitude a observar com relação à pátria. Essa concepção foi expressa nas seguintes teses clássicas de Lênin:
«Que 'os proletários não têm pátria', está dito efetivamente no Manifesto Comunista; que a posição de Vollmar, de Noske & Cia. esteja em flagrante contradição com essa tese fundamental do socialismo internacional é igualmente verdade. Isso não quer ainda dizer, porém, que Hervé e os herveistas tivessem razão ao afirmar que é indiferente ao proletariado saber em que país vive — na Alemanha monarquista ou na França republicana, ou na Turquia despótica. A pátria — isto é, um determinado meio político, cultural e social — é o fator mais poderoso na luta de classe do proletariado; e se Vollmar não tem razão de estabelecer uma posição «verdadeiramente alemã» do proletariado acerca de «pátria», Hervé não tem maior razão ao se apresentar com uma imperdoável ausência de espírito crítico sobre fator tão importante da luta libertadora do proletariado. O proletariado não pode ficar indiferente com relação às condições políticas, sociais e culturais de sua luta; por conseguinte a sorte de seu país não lhe pode ser indiferente».(1)
Para os operários conscientes, o patriotismo está ligado indissoluvelmente às idéias de solidariedade internacional dos operários de todos os países, ao internacionalismo proletário, ao interesse da luta pela democracia e o socialismo. A defesa das reivindicações e dos interesses gerais da nação pelo proletariado não pode esconder o antagonismo de classe da nação burguesa; o proletariado luta também pela hegemonia no movimento de libertação nacional e se esforça por afastar a burguesia da direção da nação, cujos interesses ela trai. O proletariado luta por se tornar a força dirigente da nação. É justamente sob esse ponto-de-vista, consideradas as condições históricas concretas, que os operários conscientes resolvem a questão da defesa da pátria. Os marxistas reconhecem como legítima a palavra-de-ordem de defesa da pátria em uma guerra justa, defensiva. Os marxistas negam, entretanto, a aplicarão dessa palavra-de-ordem às guerras injustas, de conquista, porque nessas guerras ela serve para enganar o povo, para encobrir a política imperialista de pilhagem e de escravização de outros povos.
Os homens-de-vanguarda de nosso país condenaram resolutamente a política reacionária, de conquista, do czarismo. A classe operária da Rússia e sua vanguarda o Partido Comunista — combateram a guerra imperialista de 1914-1918 como uma guerra que não tinha como objetivo a defesa da pátria, mas, sim, a conquista de territórios estrangeiros e a pilhagem de outros povos. Os bolcheviques eram pela derrota do czarismo na guerra imperialista e apelaram para os operários de todos os países imperialistas no sentido de serem pela derrota de seus governos na guerra: de pilhagem, porque isso facilitava a libertação dos trabalhadores.
Defendendo a tática revolucionária, os bolcheviques se mostraram verdadeiros patriotas, verdadeiros combatentes pela libertação e desenvolvimento progressista de sua pátria. Durante a guerra imperialista, enquanto a burguesia chauvinista e seus lacaios socialistas caluniavam furiosamente os bolcheviques tratando-os de antipatriotas, apareceu o célebre artigo de Lênin «O Orgulho Nacional dos Grandes Russos», no qual ele dava as razões científica das idéias patrióticas do "proletariado socialista e de sua luta pela liberdade e prosperidade da pátria. Levando ao pelourinho os carrascos czaristas, os nobres e os capitalistas que haviam submetida nossa pátria às violências, à opressão e às perseguições, Lênin assinalava, com profundo sentimento de orgulho nacional, que a nação russa havia dado à humanidade grandes exemplos de luta| pela liberdade e pelo socialismo; que a classe operária russa havia criado um poderoso Partido revolucionário que marchava à frente das massas populares. Os bolcheviques inspiravam-se no fato de que, em uma guerra entre Estados imperialistas, é impossível defender a pátria de outra maneira a não ser pela luta revolucionária contra os grandes proprietários da terra e os capitalistas do próprio país, pela derrota do governo que oprime seil próprio povo e os povos de outros países.
Os mencheviques, os socialistas revolucionários e outros inimigos dos bolcheviques, que apregoavam a «defesa da pátria» puseram-se ao lado dos imperialistas, romperam com a causa do socialismo e traíram os interesses da pátria. Para maior proveito dos grandes proprietários de terra e dos capitalistas, eles mergulharam o país em um marasmo e no esgotamento de uma guerra de pilhagem imperialista, e o entregaram à escravização do imperialismo estrangeiro. Foi o Partido Comunista que salvou nossa pátria desse destino vergonhoso, levantando a classe operária o campesinato para derrubar o poder dos imperialistas e cria um poderoso Estado Soviético.
Os mencheviques, os socialistas revolucionários e outros social-chauvinistas eram pseudo-socialistas, pseudo-patriotas. Não foi por acaso que depois da revolução socialista de outubro foram eles os mais infames traidores da pátria, os cúmplices da contra-revolução branca e da intervenção estrangeira, os agentes dos serviços de espionagem estrangeira.
Durante a guerra imperialista os oportunistas de todos os países pregaram — sob a bandeira do patriotismo — o chauvinismo burguês, e ajudaram «sua» burguesia a enganar os operários. Já nessa ocasião ficou claro que a burguesia de vários países havia conseguido a submissão dos dirigentes dos partidos operários e das organizações sindicais, dos quais se tornou esteio. Graças à posse das colônias, à sua situação dominante no mercado mundial, os imperialistas abocanham enormes super-lucros, dos quais gastam uma pequena parcela na compra de dirigentes operários. Assim, na época do imperialismo constituiu-se uma espécie de aliança entre a burguesia de determinada nação e a parte privilegiada da classe operária, aliança essa dirigida contra toda a massa do proletariado a fim de dominar outras nações. Foi principalmente essa circunstância que impediu a classe operária de se tornar a força dirigente da nação, de quebrar a dominação de «sua» burguesia.
A classe operária defende resolutamente a liberdade e a independência dos povos, o direito das nações de dispor de si mesmas; por isso é que ela, de maneira realmente conseqüente, defende a pátria contra toda investida por parte dos escravizadores estrangeiros.
O socialismo traz a paz a todos os povos, a eliminação completa de toda guerra; mas, em virtude da desigualdade do desenvolvimento econômico e político do capitalismo na época do imperialismo, a revolução socialista não pode triunfar ao mesmo tempo no mundo inteiro. Enquanto existir o capitalismo, o perigo de guerra persiste. Os imperialistas lutam por uma nova partilha do mundo e tentam desencadear uma nova guerra mundial. As classes dominantes das potências capitalistas não aceitam a existência dos países socialistas; tentam com todas suas forças enfraquecer e destruir as primeiras repúblicas socialistas.
Foi nos dias tempestuosos da grande e histórica revolução de outubro de 1917 que nasceu a primeira pátria socialista do mundo. A partir, desse momento, o patriotismo tornou-se um poderoso instrumento de defesa e desenvolvimento do Estado scoialista. A experiência histórica mundial da luta vitoriosa da União Soviética contra os imperialistas estrangeiros confirmou brilhantemente a justeza da teoria e da tática do Partido Comunista nas questões de defesa da pátria. Hoje os Partidos Comunistas e operários dos países de democracia popular apóiam-se nessa experiência para cortar pela raiz todas as intrigas dos imperialistas contra a liberdade e a independência das novas pátrias socialistas, que consolidam seus Estados e defendem com a União Soviética a causa da. paz e da segurança dos povos.
Na época atual, a defesa da soberania nacional e a luta contra a ameaça de escravização estrangeira assumiram uma importância vital para a classe operária, e os trabalhadores, de todos os países. A segunda guerra mundial e a política realizada desde a guerra pelas principais potências capitalistas mostram que o imperialismo atual tenta dominar não só as colônias mas também os países desenvolvidos. A luta dos imperialistas pela dominação do mundo não mais se limita ao desejo de arrancar de seus concorrentes as colônias, as esferas de influência ou uma parte de territórios; ela abrange também os esforços para a liquidação da independência e da soberania das nações há muito tempo constituídas historicamente. Tais são as conseqüências extremamente perigosas para o destino dos povos, conseqüências essas a que leva a ação da lei econômica fundamental do capitalismo atual.
Sabe-se que durante a segunda guerra mundial, os imperialistas hitleristas ocuparam a Tcheco-eslováquia, a Polônia, a Grécia, a Iugoslávia, a Bélgica, a França, a Noruega e outros países, e destruíram sua independência, instalando ali seus agentes — os Quisling e os Pétain. A mesma sorte ameaçava outros países em que os escravizadores fascistas alemães e japoneses houvessem conseguido a vitória. Durante os duros anos de domínio dos imperialistas alemães na Europa e dos imperialistas japoneses em considerável parte da Ásia, os Partidos Comunistas lutaram com abnegação para libertar suas pátrias do jugo fascista. Os comunistas mostraram ser os mais firmes, os mais resolutos e os mais dedicados na luta contra o jugo fascista, e pelo restabelecimento da liberdade e da independência de seus países.
Depois da guerra, os imperialistas americanos intensificaram a luta pelo domínio mundial e procuraram privar os povos de sua soberania nacional e de sua independência. A criação das bases militares e acantonamento de forças armadas dos Estados Unidos nos países da Europa e da Ásia; a organização dos blocos militares e políticos; a intromissão dos monopolistas americanos nos negócios internos de outros países, e seus esforços para instaurar nesses países o regime mais reacionário possível; a submissão da economia dos Estados capitalistas ao capital americano; a «exportação» da cultura do dólar e o sufocamento da cultura nacional de outros povos, — tudo isso leva à destruição da soberania nacional e à instauração do jugo estrangeiro nos países dependentes dos Estados Unidos. Os imperialistas dos Estados Unidos tentam dominar não somente os países fracos e os pequenos Estados, mas também países como a Inglaterra e a França.
Nos países capitalistas desenvolvidos a burguesia monopolista ligada aos trustes internacionais, é que constitui a força governante. Para a burguesia imperialista, seus interesses de classe — estreitamente egoísticos — e seu desejo de obter um lucro máximo estão acima da pátria, acima da independência e da soberania nacionais. A burguesia dos «compradores» representa o mesmo papel de trairão aos interesses nacionais nas colônias e nos países dependentes.
É a classe operária que de forma conseqüente defende a soberania e a independência nacionais dós povos, reunindo em torno de si as mais amplas massas de trabalhadores, que odeiam os imperialistas estrangeiros e os monopolistas de seus países como estranguladores da liberdade e responsáveis pela ruína e pauperismo crescentes. Nessa luta, as camadas progressistas de intelectuais nacionais que tomam cada vez mais resolutamente a defesa da cultura nacional, das liberdades democráticas e da causa da paz representam grande papel. A conduta antipatriótica da burguesia monopolista isola-a cada vez mais das massas.
As camadas da burguesia cujos interesses são lesados pelo capital monopolista tendem também à defesa da soberania nacional. Essa parte da burguesia sente que a invasão do capital americano, e das uniões monopolistas do gênero da comunidade européia do carvão e do aço a levam à ruína. Diante da crescente ameaça de bancarrota econômica, ela é levada a procurar o apoio das massas populares contra o imperialismo americano. Nas colônias e nos países dependentes, certas camadas da burguesia nacional, cujos interesses são ainda muito mais lesados pelo capital estrangeiro e pelo curso dos acontecimentos, são impulsionadas à luta pela independência nacional, se bem que as hesitações dessas camadas sejam universalmente conhecidas.
Não se deve tampouco superestimar a força da aliança dos monopolistas nas comunidades imperialistas internacionais. A experiência mostra que essas alianças de exploradores contra explorados não eliminam de maneira alguma as contradições, a concorrência encarniçada e as guerras entre grupos e uniões de monopolistas concorrentes. Ao lado da tendência à união dos imperialistas de todos os países na base do desenvolvimento das associações monopolistas internacionais existe, e se acentua, uma tendência que opõe certas potências imperialistas a outras no terreno da luta pelo domínio do mundo. Sabe-se que os imperialistas esperam unir as nações na economia mundial, não por acordos livremente aceitos pelas nações na base de princípios vantajosos para todos, mas por sujeição econômica e por submissão dos povos através da violência, das conquistas, das anexações, etc.. As contradições entre as potências imperialistas na base da luta pela dominação mundial pelos mercados e pelas esferas de influência enfraquecem e solapam os blocos internacionais dos imperialistas.
Os Partidos Comunistas que estão à frente da classe operária são os porta-bandeiras da luta pela reorganização da sociedade em base socialista, pela independência nacional. Os comunistas são verdadeiros patriotas, são lutadores conseqüentes em prol da independência de seus países e contra a ameaça de dominação vinda do estrangeiro. Na época atual, não se pode ser um defensor conseqüente dos interesses nacionais sem lutar pela paz, a democracia e o socialismo.
Ao criar o Estado Socialista, a grande Revolução Socialista de Outubro engendrou um tipo novo, superior, de patriotismo: o patriotismo socialista soviético. Ela desenvolveu e multiplicou as tradições heróicas dos povos da Rússia; deu ao patriotismo um sentido novo; ela o pôs a serviço do socialismo.
Em conseqüência da revolução socialista, as massas populares libertaram-se de todos os jugos — o político, o econômico, o nacional —, e criaram um novo regime, o regime soviético. Pela primeira vez na História, o poder passou às mãos dos trabalhadores; os operários e os camponeses tornaram-se donos de todas as riquezas do país e de todos os frutos de seu trabalho. Em nosso país, pela primeira vez na História, a completa igualdade de direitos de todas as nações e nacionalidades e a colaboração mútua com base no livre consentimento foram proclamadas e são aplicada sem desfalecimento.
Os próprios povos dispõem de sua sorte; o poder tornou-se popular e os interesses de cada trabalhador se confundem em um todo com o destino e os interesses da pátria, do Estado em seu conjunto. Naturalmente, o povo considera toda tentativa de invasão estrangeira como uma ameaça à sua liberdade, à sua independência à sua honra.
Foi o que mostrou com evidência a luta contra os invasores estrangeiros e os guardas brancos nos primeiros anos do Poder dos Soviets, quando o povo soviético defendia sua liberdade e sua independência em meio.à ruína econômica, extremamente penosa, causada pela guerra imperialista. Esse fato mostra a indestrutibilidade do regime soviético e o profundo patriotismo do povo libertado.
Nos anos seguintes, o amor à pátria socialista, à liberdade e à independência levantou as massas populares para um trabalho pleno de abnegação. Os êxitos do povo soviético no trabalho realizado nos anos de industrialização do país e da coletivização da agricultura é uma das mais brilhantes manifestações de patriotismo. A transformação de um país agrário, atrasado do ponto-de-vista técnico e econômico, em grande potência industrial e kolkhoziana foi a proeza patriótica de milhões de homens soviéticos inspirados e dirigidos pelo Partido Comunista. Graças aos abnegados esforços dos patriotas soviéticos, nossa pátria foi preparada para uma defesa ativa em caso de agressão por parte dos imperialistas.
A Grande Guerra Patriótica da União Soviética contra os conquistadores fascistas revelou ao mundo inteiro a superioridade do regime soviético, que deu a nosso povo uma força invencível. Após haver esmagado os agressores alemães e japoneses, o povo soviético salvou da tirania fascista os povos da Europa e da Asia, e esse grande mérito perante a humanidade consolida no coração dos homens soviéticos o legítimo sentimento de seu orgulho nacional.
O patriotismo soviético é isento de preconceitos racistas e nacionalistas; não aceita as idéias de exclusividade nacional ou de superioridade racial. O sentimento de orgulho nacional dos homens soviéticos tem por base o amor à pátria socialista, a dedicação e a fidelidade a seus interesses. No patriotismo soviético está encarnada a consciência da superioridade do sistema socialista de economia, da democracia soviética e da cultura soviética sobre o sistema capitalista de economia, sobre o regime político-burguês e sobre a cultura burguesa.
Ao educar os trabalhadores no espírito do patriotismo soviético, o Partido Comunista acentua a importância histórica mundial da iniciativa revolucionária de nosso país na transformação comunista da sociedade. O fato de que justamente em nosso país, pela primeira vez na História, haja sido derrubadas as classes exploradoras; de que os regimes reacionários hajam sido liquidados, e de que haja sido instaurado o regime socialista forçosamente eleva ainda mais a dignidade nacional de nosso povo. Na construção da nova sociedade, assim como na defesa heróica dessa sociedade atacada pelos inimigos externos, os homens soviéticos inspiram-se nas idéias do marxismo-leninismo, do comunismo, na consciência de sua iniciativa histórica.
A pátria socialista representa uma comunidade de homens, social, política e cultural qualitativamente nova na História. A abolição da propriedade privada e a instauração da propriedade social dos meios de produção; a supressão das classes de exploradores e a afirmação da unidade moral e política da sociedade; a liquidação da discórdia nacional e a consolidação da amizade dos povos; o desenvolvimento de uma democracia soviética, realmente popular; a expansão de uma cultura nacional na forma e socialista no conteúdo, — tais são os principais traços característicos da nova sociedade, na qual o patriotismo adquiriu um caráter nacional e se tornou uma grande força-motriz do progresso social.
O patriotismo é inconcebível sem a consciência de uma certa comunidade de interesses dos homens com relação à pátria, ao povo. Justamente por isso é que ele floresceu em toda sua magnificência no terreno do socialismo. O patriotismo é incompatível com a falta de confiança nas forças criadoras e no futuro de seu povo. Aquele que não tem confiança no povo não pode tornar-se um herói, um ativo construtor do comunismo.
O patriotismo soviético é a característica imprescritível da consciência comunista das massas populares. A ideologia socialista — que tem por base o marxismo-leninismo — é impregnada de uma fé profunda nas forças criadoras do povo e contém em seu próprio ser as nobres idéias do patriotismo soviético. Na concepção comunista ao mundo acham-se harmoniosamente fundidos os sentimentos patrióticos das massas e as idéias do socialismo, da amizade entre os povos, e da solidariedade internacional dos trabalhadores.
O desenvolvimento do patriotismo soviético está ligado à modificação das bases econômicas da sociedade e da estrutura de classe da mesma. Enquanto a propriedade privada limita o patriotismo, e divide os homens — sendo a fonte de ódio entre eles — a propriedade social instituída na URSS, ao contrário, une os homens, determina a unidade de seus interesses vitais, de suas aspirações e de suas ações. A sociedade soviética não conhece contradição irredutível entre os interesses pessoais dos cidadãos e os interesses gerais da nação, pois o bem de cada um depende aqui do desenvolvimento da economia social, confunde-se com os interesses e o destino de todo o povo. Nessas condições, o patriotismo se manifesta não somente na vontade de defender a pátria socialista dos ataques dos inimigos externos mas também no trabalho pleno de abnegação em nome do ascenso da economia social como base do desenvolvimento ininterrupto do bem-estar material dos trabalhadores e da elevação de seu nível cultural.
Na URSS foram liquidadas as classes exploradoras que rastejavam diante do ocidente capitalista, e que traíram nossa pátria e a venderam aos imperialistas estrangeiros. Depois de haver conquistado o poder politico e de se haver tornado a classe dirigente, a classe operária criou sua pátria socialista, e se converteu na principal força de sua defesa e de seu desenvolvimento. O patriotismo da classe operária reflete a grandeza de sua missão histórica mundial na luta pela construção ao comunismo.
O campesinato da URSS — como aliado da classe operária — ligou solidamente seus interesses ao destino da pátria socialista. Com a passagem da economia de pequena propriedade privada para a grande economia social, a consciência patriótica do campesinato elevou-se a grau superior. O campesinato em sua massa fundamental saiu do estreito círculo das idéias pequeno-burguesas; que ocultam os interesses gerais do povo com os limitados interesses da exploração camponesa. A consciência dos interesses gerais do Estado desenvolveu-se no novo campesinato kolkhoziano. O campesinato considerou a Grande Guerra Patriótica contra os conquistadores fascistas como uma guerra santa pela liberdade e a independência de sua pátria socialista.
Também os intelectuais se transformaram. A velha intelectualidade burguesa, em sua massa fundamental, era portadora da concepção burguesa do mundo; em sua maior parte estava contaminada pelas tradições antipatrióticas, pela subserviência à decadente cultura burguesa ocidental. Em todas suas atividades, os intelectuais soviéticos se orientam pelas nobres idéias do patriotismo soviético; estão imbuídos do sentimento de orgulho nacional soviético.
Como mostrou Stálin, a criação e a consolidação do regime social socialista significaram o nascimento e o desenvolvimento de nações novas, socialistas, cuja força dirigente é a classe operária e seu partido internacionalista.
O patriotismo soviético é o patriotismo das nações socialistas, unidas, por uma fraternal cooperação, em uma única família dos povos. Com a vitória do Poder dos Soviéts, modificou-se o conteúdo das idéias do patriotismo na consciência dos povos de nosso país. Cada povo nutre profundo amor pela terra natal, à qual o prendem seu passado histórico, sua cultura, sua língua; ao mesmo tempo, todos os povos soviéticos têm hoje uma pátria socialista comum — a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Essa pátria comum, as nações socialistas a defenderam heroicamente e a defenderão contra todos os inimigos da paz, do socialismo e da democracia. No patriotismo soviético unem-se harmoniosamente as tradições nacionais e os interesses vitais comuns a todos os trabalhadores da União Soviética.
Na base da realização, pelo Partido Comunista e o Estado Soviético, da política nacional leninista-stalinista, todos os povos de nosso país— inclusive aqueles que outrora eram atrasados — alcançaram enormes êxitos no desenvolvimento de sua economia e da cultura nacional. Formou-se e consolidou-se o caráter nacional de nossos Estados.
Nasceu e se desenvolveu a amizade indestrutível entre os povos, o que é uma das maiores fontes de força do Estado soviético, e uma das poderosas forças-motrizes do desenvolvimento da sociedade socialista. O patriotismo soviético e a dedicação dos homens soviéticos à sua pátria socialista comum — qualquer que seja a nação à qual eles pertençam — cimentam a amizade dos povos e a unidade moral e política de nossa sociedade.
Os povos da União Soviética orgulham-se, com razão, de haver sido os primeiros a construir uma sociedade socialista; a criar as condições para a passagem gradual ao comunismo; a ter, assim, trazido para o desenvolvimento da civilização mundial uma contribuição inestimável; a ter feito com que a humanidade progredisse por toda uma época histórica. O orgulho nacional dos homens soviéticos é nutrido pela consciência da significação histórica da causa da construção do comunismo, a que servem abnegadamente, dando exemplo a toda a humanidade progressista.
O patriotismo soviético tem por base econômica as relações de produção novas, socialistas — relações de cooperação amistosa e de ajuda recíproca entre os trabalhadores da sociedade socialista.
O patriotismo soviético, criador, tornou-se uma fonte poderosa e inesgotável de históricos feitos dos homens soviéticos. Os traços característicos da fisionomia moral dos patriotas soviéticos é a elevada consciência do dever social, a abnegada solicitude pelos interesses do Estado; pelo desenvolvimento da economia, da cultura e da ciência socialistas; pelo florescimento da pátria socialista, e pela defesa ativa do país. A força do patriotismo soviético manifesta-se diariamente no trabalho criador dos operários, dos camponeses e dos intelectuais, para glória da pátria socialista e em prol da vitória do comunismo.
A elevada consciência do dever patriótico e a iniciativa e a capacidade criadoras das massas populares manifestam-se com um brilho particular na emulação socialista, que se tornou, em nosso país, uma emulação realmente de todo o povo. Contrariamente à concorrência capitalista — que constitui, uma competição entre aves-de-rapina em busca de lucros —, a emulação socialista tem por objetivo o aumento geral da produção em benefício de todos os trabalhadores. A emulação socialista é uma tarefa patriótica de todo o povo.
Os patriotas soviéticos lutam para que nossa técnica seja a mais adiantada em todos os setores da produção; para que nossas empresas trabalhem com o máximo de eficácia e dêem uma produção de excelente qualidade; para que os campos dêem em toda parte colheitas abundantes e estáveis; para que a pecuária coletiva em todos os kolkhozes e sovkhozes aumente incessantemente e seja a mais produtiva; para que o país tenha abundância de.todos os artigos de consumo. O orgulho nacional socialista exige que todos os homens soviéticos sejam educados e cultos; que sejam ativos militantes da sociedade socialista; que a ciência soviética ocupe o, primeiro lugar na ciência mundial.
Ao mesmo tempo, os homens soviéticos desejam a todos os povos êxitos de toda espécie em seu desenvolvimento progressista, e se rejubilam sinceramente com todas as conquistas dos países de democracia popular, aos quais prestam ajuda desinteressada.
O honroso título de destacamento de vanguarda, de «Brigada-de-Choque» da humanidade progressista — que o povo soviético ganhou, e de direito mereceu —, a muito o obriga: esse título exige com ênfase que sejamos exemplo em todos os setores da vida social; que rejeitemos e superemos resolutamente tudo aquilo que é arcaico, nocivo e anti-social. Os fenômenos negativos que ainda existem em nossa atividade: desordem e má administração em certas empresas e certos kolkhozes; os casos de dilapidação e pilhagem dos bens públicos; a produção de má qualidade; o medíocre trabalho nos domínios da ciência, da literatura e das artes; o burocratismo e a desordem em certas administrações; a atitude negligente no tocante às necessidades culturais e cotidianas dos trabalhadores, — tudo isso é severamente condenado como ações vergonhosas e intoleráveis na pátria socialista. Na luta contra esses fenômenos negativos, também a consciência patriótica de nossa gente se manifesta.
As decisões históricas do XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética provocaram novo e poderoso fluxo de iniciativa criadora e de sentimentos patrióticos por parte de milhões de trabalhadores. As tarefas principais e imediatas traçadas pele Congresso na construção do comunismo, na elevarão do nível da vida material e cultural da sociedade foram acolhidas pelo povo como uma causa querida, íntima, como o programa de combate de todos os patriotas soviéticos na luta pelo florescimento da pátria socialista. A luta cotidiana pelo cumprimento dos planos nacionais em todos os setores da construção do socialismo; o zelo pelo maior fortalecimento do Estado Soviético, e pela abolição das falhas no trabalho das empresas, dos kolkhozes, das administrações; o desenvolvimento da crítica de base e da autocrítica, — tudo isso é manifestação do patriotismo ativo dos homens soviéticos.
Multiplicando seus esforços criadores, os homens soviéticos sentem, realmente, que seu trabalho lhes traz novos bens materiais e culturais. A sexta rebaixa recentemente realizada nos preços oficiais do varejo para mercadorias industriais e produtos alimentícios — rebaixa que marca maior e considerável elevação no nível de vida de todas as camadas da população — constitui uma nova e convincente prova da superioridade do regime socialista sobre o regime capitalista.
Os trabalhadores de nosso país aprovaram unanimemente as medidas recentemente tomadas pelo Comitê Central do Partido e pelo Governo Soviético para a melhoria da direção na atividade do Estado e na economia. Mais uma vez foi demonstrada ao mundo inteiro, em toda sua grandeza, a indestrutível unidade moral e política do povo soviético, que se uniu mais estreitamente em torno do Partido Comunista e do Governo Soviético.
O orgulho nacional dos cidadãos soviéticos é animado pela consciência do papel benéfico de nossa pátria socialista, como porta-bandeira da paz entre os povos, como firme baluarte das forças em luta contra a reação e a guerra. O povo soviético apóia unanimemente a política de paz do Governo Soviético, política que atende aos interesses vitais e às esperanças dos povos de todos os países.
Os patriotas soviéticos estão animados do desejo de defender a causa da paz. Para esse fim, os trabalhadores de nosso país consolidam por todos os meios a defesa ativa da pátria soviética contra as ações agressivas de seus inimigos. Os homens soviéticos têm profunda consciência de que a defesa da pátria socialista é a defesa da paz, do socialismo, da democracia no mundo inteiro.
O Partido Comunista exige que suas organizações desenvolvam constantemente a consciência ea atividade dos patriotas soviéticos. No trabalho das organizações do Partido, é reservado papel de particular importância à educação da juventude soviética no espírito do patriotismo soviético e da fidelidade aos princípios da solidariedade internacional dos trabalhadores. A assimilação das tradições heróicas de seu povo e de seus feitos históricos pela glória da pátria e no interesse do progresso da humanidade eleva e reforça a disposição e a decisão dos homens soviéticos em superar quaisquer obstáculos; em trabalhar abnegadamente pelo bem da pátria soviética, em nome da construção do comunismo; em lutar por um futuro luminoso para todos os povos?
A classe operária de cada país constitui um destacamento da classe operária internacional. Cada destacamento luta, de maneira independente, contra as classes exploradoras de seu país. apoiando-se nas forças internas e atraindo, para seu lado toda a massa trabalhadora. Ao mesmo tempo, o proletariado de todos os países se acha ligado pela unidade de objetivos e pela fraternal solidariedade na luta por se libertar do jugo do capitalismo. A solidariedade internacional dos trabalhadores — que se desenvolve sob a bandeira do internacionalismo proletário — é uma força poderosa, invencível, na luta que os trabalhadores travam por se libertar do jugo do imperialismo.
A solidariedade internacional dos operários de todos os países decorre das condições objetivas de sua vida e da luta por sua libertação. A situação econômica dos operários e seu lugar no sistema da produção social dos países capitalistas são determinados pela dominação do capital sobre o trabalho assalariado. A unidade internacional dos operários de todos os países é condição indispensável da vitória do proletariado em sua luta de libertação.
A classe operária de nosso país demonstrou, em toda a história de sua luta, sua fidelidade ao internacionalismo. Já na aurora da criação do partido revolucionário da Rússia, os marxistas proclamaram que o movimento da classe operária russa — por seu caráter e seus fins — se funde com o movimento internacional da classe operária de todos os países. Em toda sua história, o Partido Comunista de nosso país desenvolveu na classe operária o espírito do internacionalismo, a fidelidade aos princípios da solidariedade Internacional. Derrubando o capitalismo e construindo a sociedade socialista, a classe operária da URSS realizou uma façanha patriótica sem precedente, que é também um grande feito internacional a assinalar uma reviravolta radical na história da humanidade. Em sua luta, a classe operária do país soviético teve o poderoso apoio do proletariado internacional, apoio esse que foi uma dos principais condições das vitórias históricas do povo soviético.
Na época atual — de aparecimento e de desenvolvimento de novas pátrias socialistas — manifesta-se com particular evidência a unidade da ideologia do internacionalismo proletário e do patriotismo. Os sentimentos patrióticos dos que lutam pelo comunismo fortalecem a solidariedade internacional dos trabalhadores.
O patriotismo socialista e o amor e a dedicação à pátria socialista têm grande importância internacional. Dos êxitos da União Soviética se orgulham não apenas os homens soviéticos, mas também os trabalhadores da República Popular da China e os dos países europeus de democracia popular, os homens de vanguarda do mundo inteiro. Do mesmo modo, os êxitos do grande povo chinês e os dos, países europeus de democracia popular na construção de uma vida nova são comuns e caros não apenas aos trabalhadores desses países, mas também a todos os homens soviéticos, a toda a humanidade progressista.
Os homens soviéticos são ardentes amantes de sua pátria socialista, e são ao mesmo tempo os mais conseqüentes internacionalistas. O patriotismo soviético não joga os povos de nosso país uns contra os outros; ao contrário: congrega-os em uma família fraternal com uma única pátria socialista; não separa dos trabalhadores de outros países a pátria socialista, mas consolida suas relações com os mesmos.
O patriotismo socialista dos homens soviéticos se desenvolve e forja na luta contra a sobrevivência do capitalismo na consciência dos homens e contra a influência da ideologia burguesa.
Educando o povo no espírito do patriotismo soviético e do internacionalismo proletário, o Partido Comunista vibrou golpe esmagador contra as manifestações de servilismo e subserviência ante a cultura burguesa, que tiveram certa divulgação entre uma parte de nossos intelectuais. Era necessário acabar com a subestimação e o rebaixamento da história da ciência, da técnica, da cultura e do pensamento social de nossa pátria, e demonstrar a grande contribuição dos povos de nosso país para o desenvolvimento da civilização mundial. Ao cumprir essa missão o Partido superou resolutamente as manifestações de niilismo nacional como expressão de tendências antipatrióticas.
O homem que se prosterna diante do Ocidente burguês não pode ser um patriota soviético. Isso não quer dizer que os homens soviéticos se afastem da cultura dos países estrangeiros e a desprezem. Ao contrário: justamente durante os anos do Poder Soviético é que em nosso país tiveram a mais ampla divulgação todas as melhores criações da cultura universal, da antigüidade a nossos dias. As conquistas da cultura de todo povo, grande ou pequeno, são consideradas entre nós como uma contribuição à cultura mundial.
Desenvolvendo nos homens soviéticos o sentimento patriótico de orgulho revolucionário pelas grandes transformações socialistas realizadas, pela primeira vez, em nosso país, e cultivando as melhores tradições nacionais, o Partido Comunista travou e trava uma luta decidida contra a sobrevivência do chauvinismo e do nacionalismo, que impedem a consolidação da amizade entre os povos. O Partido constantemente alertou que as sobrevivências do nacionalismo, de grande potência ou local, podem transformar-se em sério perigo se não travarmos contra as mesmas uma luta decidida. O fato é que as sobrevivências do capitalismo na consciência dos homens são mais vivazes e mais facilmente repontam no terreno da questão nacional, pois aí se dissimulam com particular subtileza e quase sempre se apresentam sob a bandeira do patriotismo e das tradições nacionais.
Na sociedade socialista não há base de classe para a dominação da ideologia burguesa do chauvinismo e do ódio racial e nacional.
Os inimigos do Estado soviético tentam, porém, por todos os meios, reavivar os restos da ideologia burguesa e semear a desconfiança e a discórdia entre os povos. Os miseráveis aventureiros e renegados já por diversas vezes procuraram reacender os sentimentos de ódio nacional, profundamente contrários à ideologia socialista. Destruindo todas essas tentativas, o Partido Comunista mostrou que ninguém é capaz de enfraquecer a indestrutível unidade e a fraternal solidariedade dos trabalhadores de todas as nacionalidades da União Soviética.
O Partido educa os homens soviéticos no espírito do respeito aos interesses e às tradições nacionais de outros povos e reprime energicamente todo atentado aos direitos dos cidadãos — seja qual for sua nacionalidade —; reprime toda ofensa aos sentimentos nacionais. De acordo com a Constituição Soviética, é punida por lei qualquer propaganda de exclusivismo, de ódio ou de desprezo racial ou nacional.
Por seu trabalho ideológico, o Partido supera resolutamente as diferentes tentativas de, sob a bandeira do patriotismo e das tradições nacionais, se introduzirem preconceitos chauvinistas e nacionalistas de todo o gênero, de colocar os povos da União Soviética uns contra os outros. Nesse sentido, teve grande significação a luta contra os esforços de certos historiadores no sentido de embelezar a política reacionária do czarismo, e também contra as manifestações de nacionalismo estreito, e contra as deformações nacionalistas de certos livros da história dos povos da URSS, e de algumas obras literárias e artísticas.
Cultivando o patriotismo soviético, unindo harmoniosamente as tradições nacionais dos povos e os interesses vitais comuns a todos os trabalhadores da União Soviética, e manifestando constante solicitude pelo desenvolvimento da economia, da cultura nacional e do caráter estatal de todas as repúblicas soviéticas, o Partido Comunista congrega cada vez mais estreitamente todas as nações e nacionalidades de nosso país em uma só e fraternal família, unida pelo objetivo comum de construir a sociedade comunista.
As relações entre as nações socialistas e os povos de outros países baseiam-se nos princípios do internacionalismo. Os homens soviéticos respeitam os interesses, os direitos e a independência dos povos de países estrangeiros, e sempre manifestaram a vontade de viver em paz e amizade com todos os povos, e de estabelecer uma cooperação recíproca para todos vantajosa. O patriotismo soviético está indissoluvelmente ligado à política de paz realizada, de maneira conseqüente, pelo governo da URSS.
As relações entre a União Soviética e os países de democracia popular constituem um novo tipo de relações internacionais fundadas no princípio socialista de igualdade de direitos e da confiança e da ajuda mútuas. Na base dessas relações repousa o sincero desejo da ajuda recíproca, e o de assegurar o progresso geral da economia e da cultura.
O desenvolvimento grandioso do intercâmbio comercial entre a URSS e os países de democracia popular; o amplo desenvolvimento da ajuda mútua e fraternal na construção da economia; o fortalecimento das relações políticas e culturais; a intensa troca de delegações, — tudo isso constitui grande exemplo de cooperação internacional livre, voluntária, e mutuamente vantajosa entre as novas pátrias socialistas.
A URSS é o firme baluarte da paz, da independência e da segurança dos povos; a vanguarda na luta contra a agressão imperialista e a preparação de uma nova guerra mundial. A política externa do Estado Soviético decorre do reconhecimento de que não há questão litigiosa, ou pendente de solução, que não possa ser resolvida pacificamente, à base de acordo entre as partes interessadas.
A agressiva política das potências imperialistas e a ideologia chauvinista insuflada pelas camarilhas reacionárias são obstáculo ao estabelecimento das relações de boa-vizinhança em escala internacional. A luta pelo domínio do mundo é a essência da política das principais potências capitalistas na época do imperialismo. Em conseqüência disso, a característica que define a ideologia da burguesia imperialista é o chauvinismo belicoso e o racismo feroz, que cultivam o ódio entre as nações e a inimizade entre as raças. Tal era a ideologia dos hitleristas e dos militaristas japoneses; tais são também, as teorias propaladas pelos que hoje pretendem dominar o mundo.
Em sua luta pela dominação mundial, a burguesia imperialista procura solapar os sentimentos patrióticos das massas e as idéias de independência nacional e de soberania dos povos, difundindo a ideologia do niilismo nacional e do cosmopolitismo. A ideologia antipatriótica do cosmopolitismo é a expressão do caráter cosmopolita da exploração das massas trabalhadoras pelos capitalistas. Essa ideologia — que surgiu no terreno das uniões monopolistas que têm em mão o mercado mundial do capitalismo — encobre a luta que as potências imperialistas dirigentes travam pelo domínio do mundo. Assim, é sob, a bandeira do cosmopolitismo que agem o nacionalismo e o racismo desenfreado da burguesia das potências imperialistas.
As turvas torrentes da propaganda cosmopolita desfazem-se contra o poderoso dique dos sentimentos patrióticos das massas populares. Os trabalhadores sabem — por experiência — que «o Estado mundial» propagado pelos ideólogos da burguesia é um cartel de imperialistas para roubar os povos, sufocar sua independência e reprimir o movimento democrático e socialista. O nacionalismo belicoso e seu reverso — o cosmopolitismo —, atiçando o ódio entre os povos e negando a igualdade de direitos e a soberania das nações, constituem sério obstáculo ao desenvolvimento da cooperação internacional e ao fortalecimento à causa da paz.
A luta contra a ideologia do racismo e do cosmopolitismo faz parte integrante da luta pela paz e pela igualdade de direito entre os povos, pela independência e soberania nacionais. A ideologia nefasta dos imperialistas, os Partidos Comunistas contrapõem a propaganda sistemática das idéias do internacionalismo proletário, defendendo a causa da solidariedade internacional.
Os monopolistas americanos põe obstáculos ao desenvolvimento das relações econômicas e culturais entre os povos, à sua colaboração para a garantia da paz. Fazendo o possível por subjugar todos os países do mundo e intervindo insolentemente em seus negócios internos, os monopolistas dos Estados Unidos querem isolar completamente do mundo exterior os trabalhadores dos Estados Unidos. Opondo o Ocidente ao Oriente; glorificando «o modo de vida americano» como o maior bem da civilização; cultivando os ferozes costumes racistas dos fazendeiros do sul; reprimindo todo movimento progressista, sob o pretexto de lutar contra «as atividades anti-americanas»; interditando a entrada de personalidades democráticas nos Estados Unidos, — os reacionários americanos esforçam-se por transformar os trabalhadores dos Estados Unidos em escravos submissos que devem forjar cadeias para a escravização de outros povos. A fim de, assim, consolidar e perpetuar sua própria escravidão por uma camarilha de multimilionários.
A História não é feita de encomenda, nem segundo as ordens dos monopolistas, mas de acordo com as leis do desenvolvimento econômico da sociedade, e é impossível fazê-la voltar atrás. A história é feita pelos povos, que não querem viver à maneira antiga. Centenas de milhões de homens que outrora eram oprimidos e sufocados econômica, política e espiritualmente, já hoje se acham libertos do jugo do imperialismo, e novas centenas de milhões de outros estão incorporados, e cada vez mais se incorporam, à luta consciente e ativa por sua libertação.
O movimento socialista e democrático — dirigido pelos comunistas — defende a liberdade, a igualdade de direitos e a soberania das nações, e, ao mesmo tempo, a unidade dos trabalhadores de todas as nacionalidades. O marxismo-leninismo é a base teórica e a bandeira ideológica do movimento operário internacional. Essa teoria revolucionária torna mais claras para as massas populares de todos os países as perspectivas da luta pela paz, pela democracia e pelo socialismo. Os comunistas partem da consideração de que a união das nações em uma economia mundial única só pode ser alcançada por um consentimento voluntário e pela colaboração. O socialismo não suprime a existência de pátrias independentes, como também de nações; ao contrário: assegura-lhes real florescimento. O desaparecimento das fronteiras entre as diferentes pátrias se verificará gradualmente só após a vitória do comunismo em todos os países, e será o resultado natural da cooperação voluntária e da aproximação entre os povos. A prosperidade das pátrias socialistas é a condição indispensável para o progresso vitorioso da humanidade no caminho do comunismo.
Os Partidos Comunistas de todo o mundo erguem bem alto á bandeira do internacionalismo proletário reforçando a fraternidade dos operários de todos os países, a solidariedade internacional dos trabalhadores. A política e a ideologia dos Partidos Comunistas corresponde aos interesses vitais dos povos. Cumprindo seu dever internacional, o Partido Comunista de cada país defende os interesses de seu próprio povo na salvaguarda da liberdade e na manutenção da paz. Quando os comunistas dos países capitalistas proclamam, solenemente, que seus povos jamais lutarão contra a URSS estão expressando a vontade de seus povos de lutar contra uma nova guerra mundial, a decisão patriótica de defender a independência de suas pátrias.
Nas saudações ao XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, os Partido Comunistas e operários irmãos expressaram sua profunda solidariedade com a política do Partido Comunista de nosso país; com a luta histórica do povo soviético pela construção da sociedade comunista e pela colaboração pacífica de todos os povos. Essa brilhante manifestação de solidariedade internacional dos trabalhadores assinala o poderio e a coesão das forças democráticas, que impulsionam o progresso da humanidade.
Na luta por um futuro glorioso dos povos é inabalável a base do apoio recíproco do Partido Comunista da União Soviética e dos Partidos irmãos do estrangeiro, porque os interesses da União Soviética não só não são opostos aos interesses de todos os povos amantes da paz, como — ao contrário — com os mesmos se fundem. O Partido Comunista e o governo soviético reforçam incessantemente a aliança fraternal e a colaboração com a grande República Popular da China, com todos os países de democracia popular, e desenvolvem as relações internacionais de amizade entre os povos da URSS e os trabalhadores dos países capitalistas e das colônias, em prol da vitória da causa da paz, da democracia e da independência dos povos.
O XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética apelou para as organizações do Partido no sentido de desenvolver, ainda mais, o patriotismo dos homens soviéticos, de fortalecer a ideologia da amizade entre os povos, e de educar todos os membros da sociedade soviética no espírito do internacionalismo. O Partido Comunista estimula os homens soviéticos a lutar pela maior prosperidade de nossa pátria socialista; pelo fortalecimento da unidade moral e política da sociedade soviética, e pela cooperação e por uma paz duradoura entre os povos de todos os países.
Notas de rodapé:
(1) (1) V. I. Lênin — «O militarismo militante e a tática antimilitarista social-democracia» — «Obras», tomo 15, págs. 171-172 da edição russa. (retornar ao texto)
Inclusão | 20/08/2011 |