Discurso no XX Congresso do PCUS

N. M. Chvernik

Fevereiro de 1956


Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 73 - Mar-Jun de 1956.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo
Direitos de Reprodução: A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License.

Camaradas! O XX Congresso do nosso grande Partido, criado e temperado na luta pelo imortal Lênin, ficará na história heróica do Estado soviético, como um acontecimento de maior relevo, assinalando um novo e poderoso ascenso da economia socialista e uma nova etapa do desenvolvimento criador do marxismo-leninismo.

O camarada N. S. Kruschiov define, no informe do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética, grandioso programa de trabalho de nosso Partido, analisa profundamente os problemas relativos à vida internacional e interna da União Soviética, desenvolve criadoramente em relação à época atual, a tese marxista-leninista sobre a coexistência pacífica entre os dois sistemas, as possibilidades de se evitarem as guerras, as formas e meios peles quais os diferentes países passarão ao socialismo.

Chefiado pelo Comitê Central leninista, o Partido Comunista conquistou, durante o último quinquênio, imensos êxitos em todos os domínios da edificação econômica e cultural, fortaleceu o poderio do Estado soviético e elevou sua autoridade internacional.

No informe sobre as diretivas para o VI Plano quinquenal, o camarada N. A. Bulgânin expõe o plano para o ascenso ulterior da economia nacional, à base do desenvolvimento preferencial da indústria pesada, da utilização da nova técnica e do amplo emprego da tecnologia avançada.

A gigantesca envergadura do trabalho criador a ser desenvolvido pelo povo soviético no VI Plano quinquenal seria impossível se nosso Partido não garantisse, por meio de toda sua atividade precedente, o cumprimento do V Plano quinquenal.

Os resultados com que o Partido chega ao seu XX Congresso foram alcançados graças à atividade abnegada dos operários, camponeses, intelectuais dirigidos pelo Partido que, sabiamente, conduz nosso país pelo caminho leninista. (Aplausos).

Toda a atividade do Partido Comunista, após o XIX Congresso, desenvolveu-se sob o signo do reforço da ligação indissolúvel com as massas, e está impregnada de profunda fé no povo e em sua inesgotável força criadora.

A estreita ligação com os trabalhadores, é, para o nosso Partido, lei de construção da nova sociedade, porque o comunismo surge como resultado da atividade criadora e consciente desenvolvida pelas massas populares.

O grande Lênin ressaltou por várias vezes que

"só vencerá e manterá o poder aquele que acredite no povo, que penetre na fonte da atividade viva e criadora desenvolvida pelo povo". (Tomo 26, pág. 259).

Apoiando-se nas correias de transmissão, — soviets, sindicatos, Komsomol, — o Partido entusiasmou os operários, os camponeses e a intelectualidade para realizarem proezas no trabalho. Os sindicatos soviéticos, sob a direção do Partido Comunista, uniram estreitamente as massas para lutar pela realização vitoriosa do V Plano quinquenal, incorporaram-nas às obras de edificação estatal, econômica e cultural, e conseguiram extirpar as deficiências na satisfação das crescentes necessidades materiais e culturais dos operários e empregados.

No informe ao XX Congresso o camarada N. S. Kruschiov analisa profundamente o crescente papel dos sindicatos soviéticos e, ao mesmo tempo, submete a uma crítica severa, mas justa, as sérias deficiências que impedem os sindicatos de resolver com êxito os problemas levantados pelo Partido na etapa atual de construção do comunismo.

Constatando os fenômenos negativos na vida das empresas e no trabalho de certos Ministérios e Departamentos, o Conselho Central de Sindicatos da URSS e o Comitê Central dos Sindicatos formularam uma crítica tímida contra estas falhas e não levantaram agudamente perante os órgãos da economia questões vitalmente importantes. Tudo isso rebaixou o nível do trabalho e a própria importância dos sindicatos como organizadores combativos das massas.

Em todas as etapas, da construção de nossa sociedade, os sindicatos foram realizadores fiéis da política do Partido. Não temos dúvida de que os sindicatos acabarão com as deficiências em suas atividades e doravante não pouparão esforços para justificarem com galhardia seu papel honroso de escolas leninistas do comunismo. (Aplausos).

Por Uma Direção Combativa da Emulação Socialista

Camaradas! O VI Plano quinquenal de desenvolvimento da economia nacional impressiona por sua grandiosidade e a envergadura sem precedentes das obras de edificação.

As principais tarefas nesse plano consistem, na base do desenvolvimento preferencial da produção dos meios de produção, do desenvolvimento ininterrupto da técnica e do aumento da produtividade do trabalho, em conseguir o ascenso de todos os ramos da indústria, da agricultura, do bem-estar material e do nível cultural do povo. A realização do VI Plano quinquenal erguerá nosso país a um nível mais elevado de progresso econômico.

Em 1960 aumentará verticalmente em nosso país a produção de ferro gusa, aço, laminados, aumentará consideravelmente a extração de carvão, petróleo e a fabricação de tornos e máquinas, aumentará a produção de energia elétrica, produtos químicos, objetos de amplo consumo, o rendimento das culturas agrícolas se elevará e a pecuária progredirá de maneira sem precedente.

O VI Plano quinquenal é um arrojado plano de progresso técnico, eletrificação e emprego da energia atômica nas obras civis.

O Partido Comunista não tem outros interesses além dos interesses do povo. Toda a inteligência, toda a intensa energia do Partido leninista, que reúne em torno de si massas de milhões, orientam-se para a realização da vitória do comunismo. Por sua própria experiência a classe operária e todos os cidadãos soviéticos convenceram-se de que o trabalho socialista é a fonte para a construção de uma vida nova e feliz.

Lênin escreve:

"Pela primeira vez após séculos de trabalho para outrem, de trabalho forçado em benefício dos exploradores, surge a possibilidade de trabalhar-se em benefício próprio e além disso com base em todas as conquistas alcançadas pela técnica e pela cultura modernas". (Tomo 26, pág. 368).

Os resultados reais da produtividade do trabalho corporificam-se no aumento do volume da produção industrial e agrícola, em todas as crescentes dotações feitas pelo Estado à educação, saúde pública, assistência social, na amplitude sem precedentes das obras residenciais, culturais c públicas, na elevação sistemática do nível cultural e do bem-estar material dos trabalhadores.

Os sindicatos soviéticos consideram como sua tarefa principal e mais importante educar as amplas massas na atitude comunista em relação ao trabalho, e orientar sua iniciativa criadora para a elevação multilateral da produtividade do trabalho como condição decisiva para a vitória do comunismo.

No informe do camarada N. A. Bulgânin mostra-se de maneira convincente a necessidade vital e a realidade plena para o aumento da produtividade do trabalho, previsto no VI Plano quinquenal em não menos de 50% na indústria nas obras, não menos de 52%; nos transportes ferroviários, cerca de 34%.

O projeto de Diretivas do XX Congresso para o VI Plano quinquenal define os meios concretos para a organização dessas tarefas. A fonte poderosa que permite conseguir não só a realização como também a superação da mais importante tarefa prevista no VI Plano quinquenal quanto ao aumento vertical na produtividade do trabalho, é a inesgotável capacidade de iniciativa das massas, manifestada na emulação socialista de todo o povo. Na etapa atual, a peculiaridade da emulação está no fato de que seus participantes senhores de técnica avançada, modificam os processos tecnológicos obsoletos, aperfeiçoam a produção, utilizam as reservas existentes, e, nessa base, conseguirão — com o menor gasto de tempo do trabalho, — aumentar a produção, melhorar sua qualidade e baixar seu preço de custo. É o que se constatou, com vigor particular, na emulação que se desenvolveu por todo o país em homenagem ao XX Congresso do Partido, emulação que se assinalou por notáveis vitórias alcançadas na produção em centenas e milhares de empresas, E.M.T.[Estações de Máquinas e Tratores] e sovcoses.

Os operários e empregados da usina eletro-mecânica Vladimir Ilitch, em Moscou, realizaram o plano estatal para 1955 a 1º de dezembro, aumentaram a produção nos anos do V quinquênio em mais do dobro e reduziram o seu preço de custo em 42%.

Todas as brigadas e escalões na mina "Tcentralnaia-Boscovskaia", região de Vorochilovgrad, emulam entre si. A primazia na emulação em homenagem ao XX Congresso do Partido foi conquistada pelo VI setor, graças à introdução do trabalho em ciclos. Em dezembro do ano passado o plano de extração de carvão foi realizado em 125% e em 142% em janeiro de 1956. Só em janeiro os mineiros do setor extraíram acima do plano 3.500 toneladas de carvão.

Os inovadores, vanguardeiros da produção, cujas fileiras aumentam dia a dia, tornaram-se uma grande força motriz da emulação. Ser inovador significa conhecer seu trabalho com perfeição, incorporar e assimilar a nova técnica, utilizando as conquistas da ciência de vanguarda. Os vanguardeiros da produção socialista revelam na emulação sua capacidade e qualidades, transmitem sua experiência a outros e estimulam os retardatários.

Muitos metalúrgicos inovadores podem servir de exemplo. Os fundidores de aço pelo método acelerado, camaradas Pometun, Zaloj e Diakonov, da usina "Zaporoj Stal", empregando a corrente de ar a oxigênio, aumentaram a fundição de aço em 20% e prolongaram o período entre as reparações dos fomos de elevada capacidade para 540 fundições, com uma média de 470 fundições por seção. Os camaradas Kozlov, Kalmikov e Strugov, fundidores de aço na usina metalúrgica de Zlatoustovski, elevaram a cota relativa ao forno Martin, forno de pequena capacidade, até 895 fundições, enquanto que em outras usinas, fornos análogos dão de 400 a 450 fundições. Só durante os últimos seis anos, aumentou várias vezes o número de inovadores em muitas empresas de Leningrado. Na usina Terça Elétrica eles deram uma grande contribuição no aperfeiçoamento da produção. Por proposta do mestre, camarada Fedotov, na Usina passou-se a fazer a estampagem por meio de operações simultâneas. O novo estampador combinado permitiu elevar de 50 a 60% a produtividade do trabalho.

Na usina considerava-se como a operação mais trabalhosa o frezamento dos encaixes na fabricação de rotor destinado a turbo-gerador, operação que ocupava 500 horas no torno. O camarada Goche, frezador, empregou a freza em disco equipada com discos de fundição dura, o que permitiu aumentar cinco vezes a produtividade do trabalho no frezamento dos encaixes.

A capacidade de iniciativa dos inovadores exerce grande influência sobre a realização e superação dos planos de produção, pelas empresas, seções e setores de trabalho. No entanto, o valor e a importância das inovações aumentam à medida em que a experiência dos inovadores se torne um patrimônio das amplas massas operárias. É por isso que os sindicatos consideram como uma de suas primeiras tarefas conseguir que todos os operários, ao lado do aumento do número de inovadores, dominem os métodos avançados de trabalho e elevem sua atividade na emulação socialista.

Na solução dessa tarefa o papel principal cabe aos ativistas sindicais. Com seu exemplo pessoal, estes arrastam a massa, divulgam os métodos avançados de trabalho e elevam os retardatários ao nível dos vanguardeiros. Por exemplo: o camarada Sebastianov, organizador do grupo sindicai na usina de carros elétricos Novo-cherkassi. Durante o V Plano quinquenal ele realizou 14 normas anuais e transmitiu sua experiência a outros operários, em consequência do que a produtividade do trabalho nesse setor aumentou em mais do dobro.

O ferreiro Grigori Malichiev, organizador do grupo sindical na usina de automóveis de Gorki goza de grande popularidade entre os operários da fundição. Estendendo a todo o seu setor de trabalho a experiência adquirida pelos melhores fundidores, conseguiu que cada operário realizasse não menos de 120% das normas tecnicamente fundamentadas, enquanto ele próprio realiza sistematicamente 150 a 160% das normas.

A experiência adquirida pela camarada Ogarkova, organizadora do grupo sindical, teve ampla divulgação e contribuiu para o êxito da produção de fios do combinado de Ivanovo. Trabalhando com dois teares, ela realiza 125 a 130% da norma. Exemplos desse tipo são muitos. No entanto, os sindicatos ainda não conseguiram que todos os ativistas sindicais, cada qual em seu setor de produção, se tornem chefes da emulação socialista.

Os ativistas sindicais, e, em primeiro lugar, os organizadores dos grupos sindicais, os quais perfazem o número de 1 milhão e 300 mil pessoas, devem, por seu exemplo pessoal, exercer influência sobre as massas, elevar o nível da emulação socialista e divulgar a experiência adquirida pelos inovadores da produção.

A emulação socialista entre as usinas, distritos, seções, oficinas e operários isolados, deve tornar-se objeto de organização cuidadosa e de estudo atento por parte dos sindicatos e dos órgãos da economia.

Lamentavelmente, muitas organizações sindicais e órgãos econômicos pouco estudam a experiência adquirida pelos inovadores, não conseguem realizar medidas técnicas de organização que assegurem condições para um trabalho altamente produtivo.

Em muitas empresas as organizações sindicais ainda trabalham debilmente no sentido de descobrir as reservas da produção. Por exemplo: a brigada de perfuratrizes do célebre mestre em trabalhos acelerados, camarada Kimazov, da seção ("tatneft"), perfurou durante o ano 17.671 metros. A maioria das brigadas realizou seus planos anuais, perfurando em média 9.830 metros ao mesmo tempo em que mais de 40 brigadas não deram conta da tarefa de produção e só perfuraram em média, durante o ano, 5.500 metros cada.

Se o Ministério da Indústria Petrolífera, o Comitê Central dos Sindicatos se preocupassem no sentido de impulsionar as brigadas, por pouco que fosse até o nível de brigada que realizar o plano, só na seção "Tatneft" poder-se-iam perfurar mais de 187 mil metros, ou colocar em funcionamento cerca de 80 poços.

Em muitas empresas desenvolveram-se consideravelmente as escolas de métodos de vanguarda no trabalho, as quais são uma das formas eficientes para a introdução ativa e a ampla divulgação da experiência adquirida pelos inovadores da produção. Não são escolas comuns onde haja professores e alunos nelas os próprios inovadores são os mestres que mostram no local de trabalho como se deve trabalhar de maneira produtiva e como alcançar os melhores resultados no trabalho.

Em 1955, na Usina metalúrgica de Leningrado mais de 400 operários receberam instrução e mais de 1.000 nas escolas de métodos avançados de trabalho do combinado metalúrgico de "Kuznetsk". No primeiro semestre de 1955 mais de 1.600.000 operários aprenderam em tais escolas no próprio local de trabalho.

Os sindicatos tomam todas as medidas no sentado de que no VI Plano quinquenal essa forma provada de assimilação em massa dos métodos avançados de trabalho, e de elevação da qualificação dos operários tenha amplitude ainda mais considerável.

Nas empresas começaram a ser empregadas várias formas de emulação individual e coletiva e de propaganda dos métodos estabelecidos pelos inovadores. Publicam-se cartazes, folhetos organizam-se o intercâmbio de visitas das brigadas nas empresas afins. Nas conferências de produção os inovadores referem-se a seu trabalho. A troca de experiências possibilita a emulação entre fábricas, usinas e entre as seções das fábricas.

No decurso da emulação entre a fábrica de maquinaria dos Urais e a fábrica de vagões dos Urais, a primeira adquiriu da segunda experiência para o melhoramento da consistência das abóbadas dos fornos elétricos, e o emprego da solda automática e semi-automática. Por sua vez, a fábrica de vagões dos Urais inter-cambiou com a de maquinaria a tecnologia de fabricação de instrumentos para fundição e do emprego de cinzéis com discos de cerâmica.

Devemos estimular por todas as formas o intercâmbio entre as empresas e os operários das brigadas. Essa forma de trabalho de massa, se. organizada racionalmente, tem efeitos positivos.

Na realização das tarefas indicadas pelo VI Plano quinquenal grande papel cabe aos inventores e aos racionalizadores que trabalham incansavelmente por aperfeiçoar a produção, desenvolver a técnica e a tecnologia avançadas.

Durante os quatro anos do V Plano quinquenal chegaram às empresas mais de 6 milhões de propostas de racionalização, das quais, mais de 3.500.000 foram utilizadas na produção.

Da iniciativa criadora e da atividade dos inventores e inovadores muito depende o aceleramento dos ritmos no progresso técnico. As organizações sindicais devem prestar maior atenção aos inventores e aos racionalizadores, ajudá-los no trabalho e lutar com firmeza pelo emprego na produção das propostas e inventos acenos. É necessário incorporar à direção do movimento dos racionalizadores e inventores os engenhemos e técnicos, os quais revelaram capacidade de iniciativa particularmente ampla e prestar ajuda prática no desenvolvimento em massa da racionalização e dos inventos.

Nas posições de vanguarda da luta pelo progresso técnico devem estar as sociedades científicas e técnicas que contam em suas fileiras com cerca de 400 mil especialistas e operários soviéticos, inovadores da produção. O balando de mais de 20 mil conferências e assembléias científicas e técnicas, de 380 concursos e outras grandes medidas realizadas pelas sociedades científicas e técnicas no ano passado revela as grandes reservas que podem ser descobertas pda atividade criadora dos engenheiros e técnicos para o aumento da produção.

É dever dos órgãos da economia assegurar a realização de medidas de organização e técnicas que contribuem para o rápido emprego na produção das propostas apresentadas pelos racionalizadores e inventores e das recomendações feitas pelas sociedades científicas e técnicas.

As conferências de produção — que ajudam a descobrir e a extirpar as deficiências na organização do trabalho — contribuem para a realização com êxito dos planos de produção, quanto a todos os índices técnicos e econômicos, é necessário dizer francamente que muitos dirigentes da economia não consultam os operários quanto aos problemas relativos à melhoria da produção em consequência disso, muito perdem. Perderam o hábito de palestrar simplesmente com os operários, cujo bom senso poderia sugerir muito de valioso para melhorar a direção econômica diária das empresas, no sentido de extirpar as lacunas burocráticas que impedem o aperfeiçoamento da produção socialista,

Em muitas empresas, onde se realizam regularmente as conferências de produção, estas têm grande utilidade na melhoria do trabalho. O emprego das propostas aprovadas nas conferências de produção realizadas na usina mecânica "M. I. Kalinin", de Podolsk, permite libertar cerca de 500 unidades de equipamento, mais de 11 mil metros quadrados de local de trabalho, elevar a produtividade do trabalho, melhorar a qualidade e reduzir o preço de custo da produção.

Em consequência da realização das propostas aprovadas em conferências de produção, na seção de fornos Martin n.º 3 da usina metalúrgica "Petrovsk", melhorou a tecnologia de fundição do metal e a produção de aço por mês aumentou em 128 toneladas.

Apesar de fatos positivos indiscutíveis que atestam a utilidade das conferências de produção, muitas organizações do Partido, da economia e dos sindicatos continuam a subestimar sua importância, raramente convocam conferências, não procuram realizar as propostas aprovadas, retardando a atividade dos operários na produção.

É dever dos comunistas militantes dos sindicatos chefiar a crescente atividade dos operários, engenheiros, técnicos e dos empregados, orientando seus esforços para o cumprimento do VI Plano quinquenal de desenvolvimento da economia nacional.

O Partido atribui aos sindicatos uma tarefa de grande importância estatal — dirigir diariamente a realização da emulação socialista. No entanto, a realização dessa tarefa ainda é retardada em relação às exigências da vida. À emulação é uma manifestação da iniciativa criadora das massas, impregnadas da elevada disciplina que o trabalho social exige. A emulação não admite a rotina. A direção concreta da emulação nas empresas, seções, brigadas, e a organização das massas para aumentar a produtividade do trabalho — eis as formas principais do trabalho que decidem de seu êxito.

A nova técnica introduzida nas empresas exige dos operários conhecimentos especiais, saber utilizá-la, acelera a elevação do nível cultural e técnico dos quadros. Sob a influência do desenvolvimento da técnica realizam-se profundas transformações na classe operária, aumentando o número dos operários e dos empregados que possuem educação de sete anos, média e superior.

Em fins de 1955, os operários, engenheiros e técnicos de idade até 25 anos possuidores de educação de sete anos, média e superior, representavam 64% na fábrica de maquinaria dos Uraisi no combinado metalúrgico do Kuznetsk, 55%; na fábrica "Grande Manufatura", de Ivanovo, 58%; na mina "Koksovaia", no Kuzbass, 32%.

Tudo isso obriga os sindicatos a dirigirem a emulação de maneira mais qualificada, desenvolver a iniciativa criadora e introduzir com persistência a experiência de vanguarda na produção, garantir uma publicidade mais ampla para os resultados da emulação, o emprego justo do estímulo material e moral aos vanguardeiros da produção, vencedores na emulação individual, por brigada, entre fábricas, e na emulação socialista em toda a URSS.

É necessário conseguir aperfeiçoar radicalmente o sistema de estímulo aos vanguardeiros da emulação, a concessão de flâmulas ambulantes, diplomas de honra para as melhores empresas, seções e brigadas e de prêmios aos vencedores da emulação socialista no âmbito de todo o país, para que não menos de 75% dos prêmios sejam concedidos aos operários que criam valores materiais.

Todo o trabalho de organização e educação dos sindicatos deve estar subordinado à mobilização das massas de operários e empregados para a realização com êxito do VI Plano quinquenal.

Intensificar a Atenção dos Sindicatos para com os Problemas Relativos à Regulamentação do Trabalho e aos Salários

Camaradas! O Partido e o governo sempre prestaram grande atenção ao problema da regulamentação dos salários e do trabalho. O salário é uma poderosa alavanca para o aumento da produtividade do trabalho e do bem-estar material dos operários e empregados. Os órgãos sindicais e da economia devem assegurar a realização do princípio leninista do interesse material dos trabalhadores pelos resultados do seu trabalho. Nos anos de após-guerra o Conselho Central dos Sindicatos da URSS e o Comitê Central dos Sindicatos — como mostra, com justeza, o camarada Kruschiov em seu informe — deixaram realmente de ocupar-se com as questões relativas ao trabalho e ao salário.

Muitos sistemas de recompensa do trabalho foram usados pelos Ministérios com o objetivo de resolver certos problemas da produção e acabar com os pontos fracos. No entanto, depois de alcançado o objetivo os sistemas de estímulos não foram reconsiderados e continuaram a ser empregados mecanicamente. Na indústria carbonífera assim como em outros setores, as tarifas não sofreram modificação, enquanto que surgiram toda sorte de acréscimos sobre as tarifas, taxas progressivas dentro das normas, prêmios pelo carvão coquificável, pela observância do ciclo e outros tipos de pagamentos suplementares. Por exemplo: o salário do camarada Kolonin, auxiliar do maquinista da máquina combinada da Mina n.º 107-108, do combinado "Carvão do Karagandá", foi de 6.355 rublos em outubro de 1955. Nesse salário, além do salário direto pago por peça de 2.172 rublos, está incluído o pagamento suplementar segundo a norma progressiva a começar de 80% de execução da norma — 1.653 rublos prêmio por supreção do plano de extração do carvão coquificável, 1.406 rublos prêmio pela superação das cotas de materiais por ciclo — 1.068 rublos outros pagamentos complementares, 56 rublos. Assim, a parte da tarifa no salário global, foi apenas de 25%.

O que esses pagamentos complementares representam? No fundo são vários prêmios para um mesmo índice — pela superação do plano. O peso específico da tarifa em relação ao salário dos operários nas indústrias carboníferas representa 57% e em vários casos até mesmo 25%.

Esse exemplo comprova a atitude errônea dos órgãos da economia em relação à determinação dos sistemas de salários.

Nas empresas da indústria da madeira constituiu-se uma correlação anormal entre o aumento da produtividade do trabalho e o salário.

Com a elevação da produtividade do trabalho, de 26% durante o quinquênio, o salário médio dos operários aumentou 30%. Isso se verifica por causa da má utilização dos mecanismos dos quais há abundância na indústria da madeira, é também em consequência da organização insatisfatória no trabalho. Em muitas empresas as tarifas de salário continuam a ser estabelecidas sem levar em conta as conquistas da técnica. Os dirigentes das empresas não prestam atenção à elaboração de normas técnicas básicas. Não é a norma de produção que tem determinado o salário dos operários ela tem sido adaptada ao nível do salário. Normas estatístico-experimentais predominam até hoje sobre as normas técnicas progressivas.

Há também sérias deficiências na organização dos salários pagos aos engenheiros, técnicos e empregados. Há negligência em relação à regulamentação oficial, estabelecida pelo Ministério das Finanças, para o salário dos funcionários. Por funções idênticas, os trabalhadores são pagos segundo critérios diferentes e estabelecidos casualmente. Com frequência, mestres, técnicos e chefes de setores percebem remuneração inferior às dos empregados que lhes são subordinados.

O Conselho Central dos Sindicatos da URSS e o C. C. dos Sindicatos não manifestaram a necessária capacidade de iniciativa para corrigir as falhas e levantar as questões relativas à regulamentação dos salários. Nesse sentido, os sindicatos não foram além da "concordância" formal com as propostas apresentadas pelo governo, pelos Ministérios e Departamentos no período de guerra, época em que surgiram todos os sistemas de salários, não revelaram o caráter vicioso dos mais variados sistemas de estímulos, os quais lançaram a confusão nas questões de salário. Os sindicatos e os órgãos da economia viveram "em paz e harmonia" entre si, apesar das deficiências na organização dos salários, as quais constituíam um obstáculo ao melhoramento da produção.

No VI Plano quinquenal, em que o Partido visa a elevar o salário aproximadamente em 30% em média é dever dos sindicatos cuidar mais profundamente das questões dos salários e da regulamentação da técnica. Trata-se da realização de todo um complexo de medidas para regular os salários e estabelecer normas para o trabalho dos operários, engenheiros, técnicos e funcionários. Para isso é necessário:

O sistema de premiação deve ser simples e accessível à compreensão de todos os operários e deve estar ligado aos índices reais de seu trabalho.

Devemos usar com maior firmeza normas de "produção tecnicamente fundamentadas. Rejeitar a revisão de normas que se fazem durante as campanhas e revê-las à base das modificações da tecnologia e da organização da produção e de outras condições do trabalho, as quais asseguram o aumento da produtividade.

É preciso rever as condições de pagamento dos salários dos dirigentes, engenheiros e técnicos, para que parte dos salários dos mesmos esteja de acordo com os índices econômicos básicos do trabalho.

É necessário que o Ministério das Finanças da URSS elabore esquemas de salários à base da simplificação da estrutura do aparelho administrativos e governamental.

Maior Zelo por Satisfazer as Necessidades e Reivindicações dos Operários e Empregados

Camaradas! Nunca antes na história da sociedade, o homem, suas necessidades, e a satisfação de suas necessidades materiais e culturais foram objetos de um zelo tão constante como o que revela o Estado Socialista Soviético.

O problema, levantado pelo camarada N. S. Kruschiov no informe do C. C. do Partido, da redução do dia de trabalho para 7 horas, e de seis horas para os jovens e operários nas principais profissões e certos ramos da indústria, a redução de duas horas no dia de trabalho às vésperas dos feriados e dias de festa, a passagem, em certos setores, para a semana de trabalho de 5 dias com 2 de folga, a elevação dos salários para os trabalhadores menos remunerados, reveste-se de grande significação política e econômica.

Os operários, os engenheiros, técnicos e empregados acolhem com entusiasmo essas grandes medidas previstas pelo Partido, nova manifestação do zelo por elevar o bem-estar material e o nível cultural dos trabalhadores. (Aplausos).

No capitalismo, mais da metade do dia do trabalho destina-se a formar o lucro, a enriquecer os capitalistas. Segundo cálculos muito distantes da exatidão, feitos pelos economistas burgueses, o operário americano trabalha gratuitamente para o capitalista cerca de 60% do seu dia de trabalho. Reuter, atual vice-presidente da união sindical, Federação Americana de Trabalho — Congresso dos Sindicatos Industriais, afirmou a 9 de novembro do ano passado, em Detroit que "durante os últimos nove meses, o grande monopólio automobilístico "General Motors" recebeu por hora 300 mil dólares de lucro, ganhando por dia 7 milhões e 200 mil dólares. Por dólar recebido pelo operário sob a forma de salário o monopólio ganhava 1 dólar e 22 centavos".

O operário soviético trabalha para si próprio, para seu Estado. Cada hora do dia de trabalho do operário soviético destina-se a construir o comunismo e elevar o bem-estar do povo. Com a ativa participação e ajuda dos sindicatos os operários e empregados tudo farão para, durante o dia de trabalho relativamente reduzido, não só não diminuir, mas aumentar verticalmente a produção, melhorar sua qualidade e reduzir ainda mais seu preço de custo. (Aplausos).

O aumento das horas de folga para os operários e empregados, em ligação com a redução das horas de trabalho, obriga as organizações sindicais a melhorar a assistência cultural prestada aos trabalhadores e, em conjunto com os órgãos da economia, elevar a nível mais alto o ensino técnico, tomar medidas para melhorar a qualificação de todos os operários, engenheiros, técnicos e empregados, propagar a experiência de vanguarda e as mais modernas conquistas da ciência e da técnica. Para resolver esse problema se orientará toda a atividade cultural de massa desenvolvida pelos sindicatos e suas instituições culturais — mais de 10.000 clubes e palácios de cultura, 5.000 "recantos vermelhos", 9.500 instalações cinematográficas e 17.000 bibliotecas.

Os sindicatos empregarão todos os esforços no sentido de utilizar ao máximo o regime regular do dia de trabalho para multiplicar os êxitos na construção do comunismo.

A melhoria das condições de higiene de trabalho tem grande importância para aumentar a produtividade. No V Plano quinquenal foram gastos mais de 10 bilhões de rublos na melhoria da técnica de segurança e dos serviços sanitários na produção.

As medidas para a higiene do trabalho adotadas nas empresas, exerceram grande influência na redução das enfermidades e na elevação da produtividade de trabalho reduziram-se as despesas para o pagamento de subsídios relativos à perda temporária da capacidade de trabalho.

Nos países capitalistas aumentam constantemente as enfermidades e os acidentes na produção, enquanto que os gastos com a defesa do trabalho e a técnica de segurança são considerados pelos patrões como luxo excessivo. Na Inglaterra, segundo declaração do ex-ministro do Trabalho, Walter Monkton, perde-se anualmente cerca de 20 milhões de homens-dia em virtude de acidentes no trabalho e enfermidades profissionais. Na França, de 1952 a 1954, o número de acidentes na produção aumentou 15 por cento. Aumentam de maneira acelerada na Alemanha Ocidental os acidentes, para o que a febril corrida aos armamentos concorre em considerável medida. Só no primeiro semestre de 1955 verificaram-se ali 1.117.000 casos de acidente na produção.

Em nosso país a luta pela abolição dos acidentes e pela redução das enfermidades é um dever dos órgãos da economia e dos sindicatos, cujos esforços conjuntos acarretariam êxitos indiscutíveis. Ao mesmo tempo, muitos dirigentes de empresas, contando com a conivência de órgãos sindicais, não se preocupam por melhorar a ventilação, a iluminação e o aquecimento dos locais de trabalho.

Um novo meio de iluminação tão importante como são as lâmpadas de luz diurna, é lentamente incorporado aos locais de trabalho. Em várias empresas têxteis, na região de Ivanovo, o sistema de iluminação artificial é tão obsoleto que a iluminação dos locais de trabalho está abaixo do necessário de 7 a 10 vezes.

Segundo pesquisas realizadas pelo Instituto de Defesa do Trabalho, anexo ao Conselho Central dos Sindicatos da URSS, pode-se conseguir um aumento de 5 a 10% na produtividade do trabalho apenas por meio da melhoria da iluminação.

Os dirigentes da economia dedicam muito pouca atenção às questões relativas ao suprimento constante de vestuário e calçado especiais aos operários. As empresas fornecedoras não realizam suas tarefas de remessa de vestuários e calçados especiais. Por exemplo: ao combinado metalúrgico de Kuznetsk os fornecedores deixaram de enviar, em 1955, 1.518 pares de botas de feltro à fábrica de tratores do Altai, 2.300 pares de calçados de couro, 600 pares de botas de feltro, 1.300 costumes de algodão 1.000 combinações e 25.000 pares de luvas.

O Ministério da Indústria Têxtil não atende a numerosas reclamações feitas pelos operários contra a baixa qualidade dos uniformes de trabalho. Os vestuários e uniformes tornam-se imprestáveis após a primeira lavagem.

É preciso aumentar a produção de vestuários e de calçados, destinados ao trabalho, melhorar sua qualidade, estabelecer normas únicas para o fornecimento de vestuário gratuito e ampliar a venda de vestuário de trabalho na rede comercial, que atualmente os vende muito pouco.

Na União Soviética realiza-se amplamente o seguro social que garante aos operários e empregados pensões e subsídios em caso de doença, invalidez, velhice, gravidez e parto. No VI Plano quinquenal prevê-se aumentar as dotações destinadas a atender as necessidades pessoais e culturais de aproximadamente 154 bilhões de rublos em 1955 para 210 bilhões de rublos em 1960.

O povo soviético acolhe com sentimento de grande reconhecimento, como manifestação do zelo do Partido Comunista pelos homens, — construtores do comunismo — a elevação prevista pelo nosso Partido das pensões à velhice e à invalidez.

Os sindicatos soviéticos melhoram as condições de residência e de vida dos operários e funcionários apoiando-se no amplo controle da opinião pública. O Partido nos ensina que o controle é uma função administrativa. Só na sociedade em que os próprios trabalhadores estão no poder é possível incorporar os operários e empregados na realização do controle coletivo.

Como escolas de administração, de governo, os sindicatos devem chefiar a crítica pela base, e lutar intransigentemente contra as deficiências, esforçando-se perseverantemente por extirpá-las.

No VI Plano quinquenal propõe-se construir com os recursos orçamentários casas residenciais, que ocuparão uma área total de 205 milhões de metros quadrados, quase duas vezes mais do que no V Plano quinquenal. Cada percentagem desse grandioso plano de construção residencial representa cerca de 40.000 apartamentos de duas a três peças. Vê-se por aí a persistência com que as organizações sindicais devem lutar no sentido de que todos os departamentos, empresas e organizações construtoras realizem as tarefas estabelecidas no que diz respeito à construção de habitações.

Possuímos todas as possibilidades de superar essa tarefa se construirmos de maneira eficiente, economicamente, observando estritamente as diretivas do Partido sobre a baixa do preço de custo, redução dos prazos de construção, utilização dos métodos industriais de trabalho, e não permitindo as superfluidades arquitetônicas.

Assume importância particularmente grande o controle no que diz respeito à melhoria da alimentação pública. Nem por um minuto os órgãos sindicais devem esquecer-se de melhorar a alimentação pública, que contribui para reorganizar a vida dos trabalhadores à base dos princípios socialistas.

Uma pesquisa feita sobre os orçamentos dos operários e funcionários, pelo Conselho Central dos Sindicatos da URSS, revela que as despesas com alimentação pública foram, em 1954, em média, de 42 rublos por família. Pela falta de refeitórios, grande quantidade de trabalhadores e de membros de sua família, não se valem da alimentação pública.

Assim, por exemplo, na fábrica de construção de locomotivas Kuibishev, em Kolomen, só metade dos operários pode fazer suas refeições nos refeitórios, durante os turnos do dia.

Os dirigentes de muitas empresas já não mais se preocupam por organizar a alimentação pública, e é inadmissível que pouco se esforcem pelo emprego do auto-serviço, que permite aumentar a capacidade dos refeitórios e "bufets". Entre os dirigentes sindicais e da economia há muitas pessoas atrasadas que entravam o uso das formas progressistas de assistência à população.

Karaglazov, diretor de uma fábrica de construção de máquinas, declara em carta que "o auto-serviço no refeitório operário é uma forma obsoleta e atrasada". Ao que parece, esse diretor habituou-se ao sistema em que os operários ficam retidos mais tempo nos refeitórios, muitos deles privados até do almoço, é preciso vencer esta força da inércia. O controle coletivo deve orientar-se para o reforço da luta por uma elevada eficiência no comércio, pela extirpação das deficiências nos serviços prestados aos trabalhadores, pela melhoria da qualidade da alimentação, barateamento de seu custo e organização modelar dos serviços prestados pelos refeitórios. A realização do controle público, sua direção diária e a solução completa dos problemas levantados durante o controle, é uma das funções mais importantes dos sindicatos.

O contrato coletivo representa importante papel na regulamentação das condições de trabalho e de vida em que se encontram os operários e empregados nas empresas. O contrato coletivo contém compromissos bilaterais, assumidos pelos dirigentes de empresa e pelos Comitês de fábricas para a realização do plano de produção e para a satisfação das necessidades culturais, materiais e de vida dos operários. O camarada N. S. Kruschiov critica com razão a atitude conciliatória assumida por muitos órgãos sindicais em relação a diretores de empresas que não cumprem os acordos coletivos. É preciso lutar com firmeza contra tais deficiências. Os operários e empregados desejam ver em seus sindicatos defensores de seus interesses contra aqueles que transgridem as leis soviéticas. Para o militante sindical não há tarefa mais honrosa do que lutar pela firme realização das decisões do Partido, e das leis do Estado soviético, que visam a melhorar o bem-estar dos trabalhadores.

★ ★ ★

Camaradas! Os sindicatos soviéticos, fiéis às idéias do inter-nacionalismo proletário, reforçam e ampliam sem cessar as relações internacionais com os sindicatos de todos os países. Durante os últimos quatro anos, a União Soviética foi visitada por cerca de 500 delegações sindicais e operárias procedentes de 74 países. Isso permitiu desenvolver e fortalecer consideravelmente as relações com as organizações operárias estrangeiras. Seções locais dos sindicatos na América, Japão e Inglaterra, manifestaram-se recentemente pela ampliação dos laços e intercâmbio de delegações com os sindicatos soviéticos.

Saudamos sinceramente essa declaração e consideramos útil o estabelecimento de vínculos de amizade com todas as organizações sindicais, independentemente de sua orientação política ou religiosa. No entanto, não são todos os que compartilham de nossas opiniões. Por exemplo: os líderes da Confederação Internacional dos Sindicatos Livres são contra as ações comuns com a Federação Mundial dos Sindicatos e com uniões nacionais que desta participam, embora os sindicatos devam visar a objetivos comuns na luta pelos interesses vitais dos trabalhadores. Não lhes agrada o fato de que os sindicatos soviéticos trabalhem sob a direção do Partido Comunista, o fato de que na União Soviética não haja greves.

Realmente, os sindicatos soviéticos trabalham sob a direção do Partido Comunista, Partido da classe operária, seu destacamento de vanguarda. Sob a direção do Partido Comunista, a classe operária de nosso país libertou-se do capitalismo, defendeu sua honra e liberdade, nos combates à contra-revolução e à intervenção estrangeira, construiu a sociedade socialista e marcha com segurança para o comunismo, pelo caminho indicado por Lênin. (Aplausos).

Nosso Partido eleva o papel representado pelos sindicatos na satisfação das necessidades materiais, em constante crescimento, dos operários e empregados. O que há, portanto para admirar-se no fato de que o Partido oriente os sindicatos soviéticos na luta pelo reforço do poderio do Estado Socialista, do qual os próprios operários, camponeses e intelectuais são donos com igualdade de direitos?

A unidade monolítica entre o Partido e o povo soviético não agrada a nossos adversários embora cause entusiasmo e profunda alegria a todos os homens progressistas do mundo. Não é por nossa culpa que também não nos agrada a "comovedora" unidade entre os líderes dos sindicatos "livres" e os imperialistas, à custa dos interesses vitais dos trabalhadores. Todos sabem que essa política de cooperação entre os socialistas de direita e os imperialistas acarreta, nos países capitalistas, a rebaixa do nível de vida dos trabalhadores, o aumento do exército de desempregados e a carestia. Segundo dados publicados pela ONU, a alta do custo da vida dos operários, de 1948 a 1954, aumentou no Brasil, Grécia e Islândia, aproximadamente no dobro na França, Noruega e Japão uma vez e meia na Dinamarca, Holanda, Itália, Espanha, Canadá e Inglaterra, 20 a 32%.

Na União Soviética todos os bens materiais criados pelo trabalho do homem, pertencem à sociedade, aos próprios trabalhadores. O salário real em nosso país não baixa, ao contrário, aumenta de ano a ano. Em comparação com 1940, em 1955 o salário real aumentou 91% na indústria.

Esses êxitos provocam nos adversários da unidade da classe operária, a cólera e o ódio. Contrariando o bom senso, continuam a espalhar as calúnias mais asquerosas sobre os sindicatos soviéticos, esperando semear a discórdia entre estes e os sindicatos dos países capitalistas. No entanto, aquilo que os líderes dos sindicatos "livres" não podem ou não querem compreender, é claro, é perfeitamente claro para os operários. Entre os membros da delegação operária americana que visitou a União Soviética estava Hillard Ellis, compatriota do sr. Meany, presidente da Federação Americana do Trabalho — Congresso das Organizações Industriais. Hillard Ellis observou as condições de vida dos operários soviéticos e redigiu um relatório a respeito de sua viagem à União Soviética. Nesse relatório, publicado na América, o autor explica em linguagem popular, porque na União Soviética não há e não pode haver greve, escreve:

"Pode conceber-se que o carpinteiro que construa a sua própria casa faça greve, impedindo assim a construção de residência para si próprio e sua família? O operário soviético é o carpinteiro que constrói sua própria casa."

É difícil expressar-se melhor do que esse operário americano.

O sr. Meany gostaria que os sindicatos soviéticos organizassem greves e impedissem a construção do comunismo. Ao mesmo tempo, ele protesta contra as greves que os operários organizam nas empresas capitalistas.

Recentemente o sr. Meany discursou no Congresso da Associação Nacional de Industriais, afirmando:

"Em toda a minha vida nunca participei de uma greve, nunca a chefiei, nunca conclamei ninguém a fazer greve e nunca tive qualquer relação com grevista".

É assim que o sr. Meany compreende a liberdade dos sindicatos. Não é preciso dizer que os operários americanos, assim como os operários dos demais países, não estão de acordo com essa política, com a política dos "sindicatos livres".

Os sindicatos soviéticos lutam por realizar a unidade no movimento operário e conclamam a Confederado Internacional dos Sindicatos Livres para ações comuns pelos interesses vitais dos trabalhadores e pela paz em todo o mundo. (Aplausos).

Os sindicatos soviéticos lutam e continuarão a lutar pelos direitos dos sindicatos. Em nome de todos os sindicatos, o Conselho Central dos Sindicatos da URSS manifestou sua indignação contra a "sentença" policial lavrada pelo Ministro do Interior da Áustria, sr. Helmer, proibindo a atividade da Federação Mundial de Sindicatos, que conta em suas fileiras mais de 85 milhões de operários e empregados nos países da Europa, Ásia, América Latina e África Negra. Esse ato de profunda arbitrariedade, é condenado por toda a humanidade progressista como manifestação vergonhosa de violência contra a honra e a consciência dos trabalhadores unidos pela Federação Mundial dos Sindicatos.

Os Sindicatos soviéticos continuarão a ampliar e aprofundar as relações fraternais com os sindicatos de todos os países do mundo, continuarão a reforçar a unidade entre as fileiras do movimento operário internacional.

Camaradas! Õ projeto de Diretivas para o VI Plano quinquenal foi elaborado com a participação mais ampla dos operários e dos especialistas da indústria e da agricultura. No último semestre realizaram-se centenas de milhares de assembléias operárias dedicadas ao exame dos planos quinquenais, para as empresas. Reuniu-se grande quantidade de propostas valiosas que visam desenvolver a produção, melhorar a organização e aumentar a produtividade do trabalho.

A iniciativa patriótica e a ampla experiência adquirida pelos operários na produção ajudaram a definir com maior acerto as tarefas relativas ao desenvolvimento de certos setores da economia nacional no VI Plano quinquenal, e a revelar as imensas possibilidades à disposição da indústria socialista, dos transportes, das E.M.T. e dos sovcoses. O plano para o novo quinquênio expressa a vontade e as aspirações dos povos de nosso país e demonstra a todo o mundo as vantagens radicais e a imensa superioridade do sistema socialista de economia em relação ao capitalista. (Aplausos). A realização desse plano grandioso trará novas vitórias às forças da paz, da democracia e do socialismo sobre as forças da guerra, do jugo colonial e da escravidão capitalista.

Todo o povo soviético acolhe com aprovação unânime o plano para o VI quinquênio e emprega toda a sua energia para realizá-lo com êxito. As grandiosas perspectivas de construção do comunismo, indicadas no plano, despertam entre os cidadãos soviéticos o sentimento de orgulho e de alegria pela nossa grande pátria, pelo sábio Partido Comunista, chefe experimentado dos trabalhadores. ( A piaus os ).

Em nosso país o Partido e o povo são inseparáveis. Os homens soviéticos têm profundo amor ao Partido Comunista, manifestam confiança ilimitada e ardente dedicação à grande bandeira do comunismo. (Aplausos).

O Partido Comunista é forte por sua inquebrantável unidade ideológica e orgânica, pela sua férrea coesão em torno do Comitê Central leninista, que personifica a vontade coletiva do Partido e sua imensa experiência de organizador e inspirador das vitórias alcançadas pelo povo soviético.

O princípio leninista de direção coletiva, restaurado pelo Comitê Central do Partido após o XIX Congresso, tornou-se base inabalável para toda a atividade de nosso Partido, garantiu e assegura a aplicação criadora do marxismo-leninismo, o conhecimento da situação atual e das tarefas que dela decorrem, a justeza das decisões tomadas e a elevada riqueza de princípios na luta por sua realização.

Inspirados nas decisões do XX Congresso do Partido, os sindicatos soviéticos mobilizam a iniciativa criadora dos operários e empregados para a realização e superação do VI Plano quinquenal, para a conquista de novas vitórias na construção do comunismo.

Permití-me assegurar ao XX Congresso do Partido que os sindicatos soviéticos continuarão a ser fiéis auxiliares do Partido Comunista e lutadores ativos pela realização completa das idéias todo-poderosas do marxismo-leninismo. (Tempestuosos aplausos).


logomarca problemas
Inclusão 20/12/2011