Agostinho Neto

foto Agostinho Neto
1922-1977
Obras disponíveis

Primeiro presidente da República de Angola, era médico de profissão, poeta por vocação e um líder por natureza. Foi em Portugal onde Agostinho Neto iniciou a sua acção política. Em 1947, integrou o Movimento dos Jovens Intelectuais de Angola sob o lema “Vamos Descobrir Angola”. Em Coimbra, com Lúcio Lara e Orlando de Albuquerque, colaborou nas revistas “Momento” e “Mensagem”, órgãos da Associação dos Naturais de Angola. Os seus poemas e artigos, aliados ao seu engajamento político fizeram com que fosse perseguido e preso pela PIDE - Polícia Internacional de Defesa do Estado, órgão repressor da ditadura Salazarista que combatia os movimentos nacionalistas das colónias portuguesas de então. Posto em liberdade, retoma a actividade política e intelectual, fundando em Lisboa, em parceria com Amilcar Cabral, Mário de Andrade, Marcelino dos Santos e Francisco José Tenreiro, o Centro de Estudos Africanos, orientado para a afirmação da nacionalidade africana. Em 1951, é indicado como representante da Juventude das colónias portuguesas junto do MUD - Juvenil (Movimento de unidade democrática-Juvenil) português. Pela sua participação em actividades anticoloniais é novamente preso pela PIDE, em Fevereiro de 1955, e condenado a dezoito meses de prisão. Preso em Lisboa, Agostinho Neto não participa, em 10 de Dezembro de 1956, no acto de fundação do MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola. Em 1957, é libertado pela PIDE e, uma ano depois, licencia-se em Medicina pela Universidade de Lisboa. Participa da fundação do Movimento Anticolonialista (MAC). Que congregava patriotas das diversas colónias portuguesas para uma acção revolucionária conjunta nas cinco colónias portuguesas: Angola, Guiné, Cabo Verde, Moçambique e S. Tomé e Príncipe. Pouco antes do Natal de 1959, Agostinho Neto deixa Lisboa de regresso à Luanda, onde abre um consultório médico. Em paralelo com a sua actividade clínica, continua a sua militância a favor da independência e é eleito, em 1960, Presidente Honorário do MPLA. Preso pela terceira vez, em Luanda, Agostinho Neto é transferido para diversas prisões em Portugal e Cabo Verde. O assalto às cadeias de Luanda, em Fevereiro de 1961, desencadeia a luta armada pelo MPLA, seguindo-se uma forte repressão colonial. Preso na cidade da Praia, em em Cabo Verde, Agostinho Neto é transferido para a prisão de Aljube, em Portugal, onde permanece até Março de 1963. Libertado, em 1963, foge clandestinamente para Léopoldville (Kinshasa), e junta-se ao MPLA. Neste mesmo ano é eleito presidente do MPLA durante a Conferência Nacional do Movimento. A luta armada contra o domínio colonial se intensifica até que, em Fevereiro de 1975, regressa a Luanda. Em representação do MPLA, Agostinho Neto participa em Alvor, Portugal, na assinatura do acordo para a constituição do “governo de transição”. A 11 de Novembro de 1975, Agostinho Neto proclama a independência de Angola. Dirige o MPLA e Angola durante os primeiros anos de independência, mas, doente, morre a 10 de Setembro de 1977, em Moscovo, na União Soviética. Agostinho Neto deixou como legados, a independência e a liberdade do povo angolano.

Fonte: MPLA

Obras disponíveis
1967 - jan Mensagem por ocasião do começo do ano
1968 - nov Entrevista à Rádio A Voz da Liberdade
1974 - fev Quem é o inimigo? Qual é o nosso objectivo?
1975 - set Discurso na abertura do I encontro regional da JMPLA - pág. 7 do pdf
1975 - set Discurso na semana de defesa popular
1975 - set Discurso na sessão do encerramento do I encontro regional da JMPLA - pág. 15 do pdf
1975 - set Discurso no colóquio sobre a II semana de luta pelo Poder Popular - pág. 24 do pdf
1975 - nov Discurso de Proclamação da Independência
1976 - mai Vamos defender a nossa Revolução - discurso no encerramento de um curso de activistas
1976 - jun Destruir o velho para construir o novo
1977 - jun Sobre o Fraccionismo - discurso na Cidadela
1977 - ago Combater, Aprender, Ensinar e Produzir - discurso no 3º aniverário da proclamação das FAPLA
1978 - jul África parece um corpo inerte onde cada abutre vem debicar o seu pedaço
1979 - jan Angola tem uma Caracterísitca Cultural Própria, Resultante da sua História
1979 - jul Precisamos de um Governo Popular - discurso em Menongue
1979 - jul O nosso país deve ser conduzido pelos operários e os camponeses - discurso no Lubango
1979 - ago Devemos fazer mais pela Revolução
  A propósito da reconstrução nacional
Poemas
Adeus na Hora da Largada
Aspiração
As Terras Sentidas
Caminho do Mato
Certeza
Comboio Africano
Confiança
Contratados
Criar
Do Povo Buscamos a Força
Dois Anos de Distância
Fogo e Ritmo
Havemos de Voltar
Kinaxixi
Meia Noite na Quitanda
Mussunda Amigo
Noite
O Caminho das Estrelas
O Choro de África
Para Ti Também
Poesia Africana
Quitandeira
Sim em Qualquer Poema
Voz de Sangue
Outros textos
Documentos do MPLA

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Abriu o arquivo: 13/05/2016
Última atualização: 01/12/2024